Os cálculos preliminares sobre os prejuízos causados pelos bloqueios dos caminhoneiros em estradas de todo o País já superam a casa do R$ 1 bilhão, levando em conta apenas as perdas estimadas por empresas e secretarias estaduais de Agricultura.
O cálculo não leva em conta as perdas na safra da soja, uma vez que a colheita atrasa por falta de combustível nas regiões produtoras e o grão apodrece no pé. Ainda não foram estimados também os prejuízos na indústria, que para por falta de peças, e no comércio, por falta de produtos.
No setor de carnes, os produtores de suínos e frangos não conseguem realizar os abates no prazo e, além do aumento na mortandade, arcam com um custo adicional de R$ 25 milhões por dia com a alimentação – outros R$ 100 milhões de prejuízo.
Em Santa Catarina, abates de suínos e aves foram suspensos e começa a faltar ração para abastecer as granjas nas cidades de Xanxerê, Chapecó e Videira, no oeste catarinense. Muitos aviários deixaram de ser abastecidos com pintinhos, quebrando o ciclo da produção.
Um levantamento feito pela Federação do Comércio (Fecomércio-SC) estima que o prejuízo à economia do Estado, fortemente apoiada no agronegócio, pode chegar a R$ 630 milhões por dia se a greve se ampliar – até ontem, a perda estava em R$ 200 milhões diários, uma soma de R$ 800 milhões desde o início dos bloqueios.
No Rio Grande do Sul, o setor pecuário perde R$ 50 milhões por dia com a suspensão de abates e morte de animais – um prejuízo que já soma R$ 200 milhões. No Estado, na fábrica da GM, em Gravataí, a produção foi suspensa ontem por falta de componentes.
Fonte: O Estado de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.