O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, comentou brevemente a conversa que teve com Temer após o surgimento do seu nome nas delações da Odebrecht, repetiu que está constrangido e negou as acusações. “Não cheguei a colocar meu cargo à disposição; disse a ele (Temer) para ficar à vontade”, concluiu.
Maggi, admitiu, em entrevista as dificuldades de sua Pasta na negociação para reduzir a taxa de juros controlados para o financiamento agrícola e pecuário. Segundo ele, quando o assunto é o juro, “existem dois governos: o da parte econômica e o agrícola”, ambos com visões diferentes. “Quanto menos juros melhor. O problema é que temos a parte econômica que quer cobrar juros mais caros”, afirmou.
O ministro ainda afirmou que as taxas para o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, programa normalmente apresentado em junho, ainda estão em discussão dentro do governo, mas avaliou que não há como pagar juros de 12,75% ao ano. Esse porcentual é o máximo em vigência no atual período 2016/17 para financiamentos de longo prazo. Já a proposta de atrelar os juros agrícolas à taxa básica de juros (Selic) – que está em queda, mas que é variável e pode subir para controlar a inflação – chegou a ser posta à mesa de discussão, mas o assunto não está mais em pauta de acordo com o ministro.
Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.