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Bird: regulação de preços de alimentos deve ser leve

Os altos preços de alimentos impõem uma grande ameaça à estabilidade econômica e social, mas os responsáveis por programas políticos não devem regular excessivamente os mercados de commodities, disse uma autoridade do Banco Mundial nesta quinta-feira (27).

Os altos preços de alimentos impõem uma grande ameaça à estabilidade econômica e social, mas os responsáveis por programas políticos não devem regular excessivamente os mercados de commodities, disse uma autoridade do Banco Mundial nesta quinta-feira (27).

Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral do banco com sede em Washington, disse que o crescente aumento dos preços de alimentos estão pressionando os mais pobres e contribuindo para instabilidade social.

“Preços mais altos de alimentos e volatilidade são as maiores ameaças para a recuperação da estabilidade econômica e social. Você viu o que aconteceu na Argélia e em outros países recentemente — não há dúvidas de que os preços mais altos e o estresse no padrão de vida têm seu papel”, disse Okonjo-Iweala, ex-ministro das finanças da Nigéria.

“Este atingirá com mais força os pobres. Nós não vamos ver preços baixos novamente porque este é um fenômeno de longo prazo. Nós precisamos de mais investimentos na África porque mais de 50% da terra arável no mundo está na África.”

A Argélia foi forçada a cortar taxas e tarifas de importação de alguns alimentos após forte aumento da inflação que gerou protestos no país. Mas muito analistas afirmam que a África pode estar em melhor posição que anteriormente para lidar com as pressões de uma aumento de preços nos alimentos.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu novas regras para limitar a volatilidade dos preços de commodities, alertando contra os riscos de protestos por conta dos alimentos e fraco crescimento se líderes globals falharem.

Okongo-Iweala disse que uma certa regulação é necessária, especialmente nos principais mercados de commodities. “Mas nós temos de ser cuidadosos com o excesso de regulação. Nós precisamos de alguma regulação mas não uma mão pesada. Nós temos de desenvolver os mercados de commodities em algumas áreas-chave da África, que permitirão aos fazendeiros se planejarem para o futuro”, disse.

As informações são da Reuters, em Davos, divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, adaptadas pela equipe AgriPoint.

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