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Big Mac comemora 50 anos após conquistar mais de 120 países e virar índice econômico

Já são 50 anos de 1968. Entre guerra, invasão e censura que são recordadas como efemérides da época, há o surgimento de um produto que dominou quase todo o planeta nestas cinco décadas: o Big Mac.

O lanche da rede de fast-food McDonald’s surgiu em Pittsburgh, nos Estados Unidos, pelo dono de um restaurante da franquia, Michael James Delligatti.

Na época com 50 anos, Jim Delligatti foi quem inventou a famosa composição de dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelim.

A receita caiu literalmente “no gosto do povo” e virou um fenômeno mundial. Nem o próprio criador esperava por isso.

No aniversário de 25 anos do lanche, Delligatti disse para o jornal Pittsburgh Post-Gazette que “sentia que o sanduíche seria um grande sucesso, mas pensava sempre em termos de Estados Unidos”. Naquele ano, era possível comer o Big Mac em 66 países —hoje, em mais de 120.

A expansão para fora dos EUA começou em 1971, quando o lanche chegou à Alemanha, à Holanda e à Austrália. O mais recente país a recebê-lo foi o Cazaquistão, em 2016.

No Brasil, o primeiro restaurante da rede a prepará-lo foi o de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 1979.

Essa quase onipresença do Big Mac pelo mundo fez com que ele se tornasse referência de um índice econômico, em 1986. De maneira despretensiosa, a editora Pam Woodall, da revista The Economist, resolveu adotar o lanche para calcular a diferença do poder de compra das moedas de países.

O chamado Big Mac Index ganhou notoriedade. O banco suíço UBS, por exemplo, desenvolve um ranking sobre o tempo de trabalho necessário em cada país para pagar o sanduíche.

Neste ano, a pesquisa mostrou que um paulistano precisa trabalhar, em média, 52,5 minutos para conseguir comprá-lo. O esforço é ainda maior no Rio, onde o tempo chega a 56,7 minutos. Ambas as capitais estão entre as cidades com o maior custo de vida entre as 77 pesquisadas.

Mas, se o valor do lanche se diferencia pelo mundo, os ingredientes e o sabor são os mesmos, diz a marca. Com exceção da Índia, onde o Big Mac é feito de hambúrguer de frango, em todos os outros países a receita segue igual. Com destaque para o molho especial, cuja receita é considerada secreta.

Para garantir uma uniformização do sanduíches, um processo de produção é criado nos países. De acordo com a empresa no Brasil, a alface americana foi introduzida no país devido ao Big Mac, e os únicos ingredientes do lanche que são importados são a cebola e o picles.

“Esses produtos não conseguem ser desenvolvidos aqui nas especificidades e na escala de que precisamos, então, para manter o padrão exigido pela rede, nós importamos”, afirma David Grinberg, diretor de comunicação do McDonald’s Brasil.

Ao falar de escala, Grinberg se refere à demanda existente no país. Segundo o diretor, diariamente, a rede serve 2 milhões de clientes.

“Para reduzir o preço do sanduíche às quartas-feiras, nós tivemos de avisar os fornecedores com seis meses de antecedência.”

Para facilitar as operações, a marca tem um zona industrial própria em Osasco, a chamada “cidade do alimento”. Lá estão a Aryzta, que produz os pães, o operador logístico e a JBS, companhia que produz com exclusividade o hambúrguer.

A carne do lanche, por sinal, foi alvo de fake news na internet em 2002. O que se dizia era que o hambúrguer da empresa americana era feito de carne de minhoca.

Em 2002, em entrevista à Folha, o diretor da empresa processadora de carne afirmou que isso não passava de uma lenda urbana.

Quando os ingredientes já estão no restaurante, o processo da preparação do sanduíche funciona no esquema de linha de montagem. Em média, um Big Mac fica pronto em 1 minuto e 43 segundos. Somando todas as unidades brasileiras, são vendidos diariamente 160 mil sanduíches.

Bastante? Não se pensar que apenas o americano Donald Gorske comeu por volta de 30 mil sanduíches e, com isso entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes.

O consumo excessivo do sanduíche, por sinal, fez com que o documentário “Super Size Me” entrasse para o imaginário popular por mostrar o efeito do consumo demasiado dos produtos da rede.

Para os fãs, se for para escolher uma imagem para comemorar os 50 anos do fenômeno, que seja a que o jingle cria quando se começa a cantar “dois hambúrgueres…”

Fonte: Folha de São Paulo.

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