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Bertin confirma conversas sobre fusões

O diretor-presidente da Bertin S.A, Fernando Bertin, disse ontem que vê "com bons olhos a fusão com outras empresas, como Marfrig e JBS", em resposta à questão sobre o andamento das conversações com a Marfrig, que já admitiu recentemente os contatos entre as duas companhias mas que informou que não há nada fechado. "Conversa existe com tudo mundo", admitiu. "Todo mundo quer ser sócio da Bertin".

O diretor-presidente da Bertin S.A, Fernando Bertin, disse ontem que vê “com bons olhos a fusão com outras empresas, como Marfrig e JBS”, mas que “não pensa em ser vendido ou perder o controle”. A afirmação foi feita em resposta à questão sobre o andamento das conversações com a Marfrig, que já admitiu recentemente os contatos entre as duas companhias mas que informou que não há nada fechado.

Bertin não afirmou claramente, porém, se está ou não em negociações com as duas companhias que citou. “Conversa existe com tudo mundo”, admitiu. “Todo mundo quer ser sócio da Bertin”.

O argumento de Bertin para se manter no controle numa eventual fusão com Marfrig ou JBS é que, no caso da Bertin S.A, a família tem uma participação maior no capital do que nas outras duas, em que a fatia do controlador foi diluída com a ida à bolsa.

O Valor apurou que é exatamente na questão do controle de uma eventual nova companhia que esbarram as negociações entre Bertin e Marfrig. Esta última também só tem interesse na união se tiver o controle da nova empresa.

De qualquer forma, uma fusão seria a alternativa para as duas empresas recuperarem musculatura após um 2008 difícil, em que todo o setor de carne bovina foi afetado pela menor oferta de gado para abate – resultado do ajuste da produção – e pela crise internacional, que impactou a demanda externa e o crédito das empresas.

Mas a fusão não é a única alternativa para a Bertin ganhar musculatura. Fernando Bertin disse que “se o mercado melhorar, o IPO [abertura de capital] é uma possibilidade”. Explicou ainda que a saída prematura de João Nogueira Batista da presidência da companhia se deveu justamente ao mau humor do mercado no ano passado, que postergou a abertura de capital.

“O João fez a implantação do modelo de governança, preparando a empresa para abrir capital. Como mercado ficou ruim, a abertura foi adiada”, disse, justificando a saída do executivo.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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