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Behind the Foods aposta em hambúrguer vegetal

Mesmo com o novo coronavírus contribuindo para a derrocada de empresas e colocando a demanda em xeque, a foodtech Behind the Foods vê no momento uma oportunidade para traçar novos objetivos.

“Ao contrário do esperado, continua havendo aumento na demanda por produtos plant-based nos EUA e na China”, disse o CEO da empresa, Leandro Mendes, ao Valor. Depois que parte do food service fechou no Brasil por causa da pandemia, a empresa decidiu elevar a aposta em sua linha de hambúrgueres vegetais, cujo foco é o consumidor final.

Os planos de relançar a “carne de modelar vegetal”, que imita sabor e textura da proteína vermelha, ficou para o segundo semestre do ano. “Não tivemos prejuízo até agora, mas decidimos apostar no varejo, já que o food service está completamente fechado”, afirmou Mendes.

Depois de trabalhar 14 anos como publicitário e de uma imersão nos modelos de negócios do Vale do Silício, Mendes conta que voltou ao país em 2019 pronto para colocar o que aprendeu em prática. Porém, desentendimentos com sócios e falta de recursos levaram a um adiamento de projetos e à redução da capacidade produtiva. “Terceirizamos a produção em uma fábrica de uma empresa brasileira em São Paulo neste ano, o que vai facilitar a logística”, disse.

Como no caso de muitas concorrentes, o público-alvo da carne vegetal da Behind são os jovens. “Nosso alvo é a geração Z. Além, claro, dos millenials”, disse. Enquanto a geração Z têm entre dez e 25 anos, os millenials têm hoje entre 25 e 40 anos. Em estudo publicado em março, o banco holandês Rabobank apontou que os millenials são os principais consumidores dos produtos plant-based. Segundo a consultoria Euromonitor, apenas no varejo chinês as vendas de carnes vegetais movimentaram US$ 10 bilhões em 2019.

Desde a fundação da empresa, em 2018, R$ 1,6 milhão foram investidos na Behind, diz Mendes. No ano passado, o CEO decidiu aumentar o quadro societário e trouxe para a empresa sua prima Maria Luiza Mendes, que é microbiologista e passou a cuidar da parte operacional. Com capacidade produtiva de 50 toneladas por mês à disposição, a Behind prevê atingir sua capacidade máxima ao longo do ano. O faturamento previsto é de cerca de R$ 6 milhões em 2020.

Fonte: Valor Econômico.

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