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BB espera aumentar volume de financiamento

O Banco do Brasil prevê elevar em 21% os desembolsos ao setor rural na safra 2010/11. Os empréstimos da instituição devem somar R$ 41,9 bilhões até meados de 2011, informou ontem o vice-presidente de Agronegócios do BB, Luís Carlos Guedes Pinto.

O Banco do Brasil prevê elevar em 21% os desembolsos ao setor rural na safra 2010/11. Os empréstimos da instituição devem somar R$ 41,9 bilhões até meados de 2011, informou ontem o vice-presidente de Agronegócios do BB, Luís Carlos Guedes Pinto.

O banco projeta elevar em 25% os recursos com taxas a juros subsidiados pelo Tesouro Nacional, além de concentrar esforços nos médio produtores. O BB também terá atuação especial na chamada agricultura sustentável, passando a usar a “poupança rural” como fonte adicional de recursos para financiar investimentos. Devem ser canalizados até R$ 1 bilhão dessa fonte.

Estoques mundiais em baixa, forte demanda por alimentos e resultados financeiros favoráveis devem permitir aos produtores o pagamento do custeio e de boa parte das dívidas antigas. As margens da atividade terão uma boa recuperação nesta safra, estima o BB. “Na safra passada, foi apertado. Mas em 2010/11 devemos ter o melhor ano das últimas quatro safras”, avalia o diretor de Agronegócios do BB, José Carlos Vaz.

O BB estima uma reação dos preços de milho e trigo, além da manutenção das cotações da soja. O fenômeno “La Niña”, que resfria as águas do Pacífico na altura da costa do Equador, pode gerar algumas perdas com seca, sobretudo no Sul do país. “Se não houver problemas de seca, vai ser possível pagar os custeios e as dívidas em todo o país”, afirma Vaz. Mesmo com as perdas derivadas da seca, o BB avalia ser possível compensar por meio de preços mais altos.

O BB também aposta alto na massificação de mecanismos de proteção de renda. No seguro agrícola, o banco deve manter ações para garantir cobertura de 60% do financiamentos ao setor. No chamado “hedge” (proteção de preços), o BB deve elevar, de 0,9% para 8%, o total de empréstimos rurais cobertos pelo mecanismo. “Temos que caminhar para que os produtores incluam nos custos o ´hedge´, assim como fazem com os insumos”, defendeu Guedes Pinto.

No longo prazo, o BB concentrará esforços para elevar a fatia do “hedge” na proteção da renda do setor. O banco defende o uso de subsídios do Tesouro para reduzir o custo desse mecanismo ao produtor. “Mas o produtor também tem que usar recursos próprios para fazer ´hedge´ da produção”, disse o executivo do banco.

As informações são do Valor Econômico resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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