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Banco de Desenvolvimento da Ásia ajuda a reduzir disseminação de doenças pecuárias

O Banco de Desenvolvimento da Ásia (ADB) está trabalhando com o Fundo para Redução da Pobreza do Japão para ajudar as nações do sul da Ásia a desacelerar a disseminação de doenças pecuárias.

O Banco de Desenvolvimento da Ásia (ADB) está trabalhando com o Fundo para Redução da Pobreza do Japão para ajudar as nações do sul da Ásia a desacelerar a disseminação de doenças pecuárias.

Na Índia, o setor pecuário perde somente com a febre aftosa um valor estimado de cerca de US$ 4,5 bilhões por ano, de acordo com a ADB. Desde 2007, a indústria de frangos de Bangladesh sofreu perdas por causa da gripe aviária de US$ 500 milhões, de acordo com o banco.

Um sistema de informação regional baseado na internet será instalado para emitir relatórios regulares sobre saúde animal e agências públicas e privadas receberão suporte para expandir sua experiência no diagnóstico de doenças, vigilância, relatórios e investigações sobre surtos de doenças. “O foco da assistência técnica é estabelecer um sistema para melhorar a cooperação regional entre os países do sul da Ásia no combate de doenças animais que ultrapassam fronteiras”, explicou Rezaul Khan, um economista sênior de recursos naturais e agricultura do departamento do sul da Ásia do ADB. “Os animais de produção são uma fonte essencial de alimentos e renda e só têm seguros contra coisas como problemas na safra e despesas médicas.

Medidas regionais mais fortes para monitorar, prevenir e controlar surtos de doenças ajudarão a aumentar os lucros rurais, aumentar a segurança alimentar e tornar mais seguro o comércio de animais e produtos pecuários entre as fronteiras”.
A pecuária representa quase um terço do PIB agrícola do sul da Ásia, de acordo com estimativas do banco. Entretanto, seus especialistas ficaram alarmados pela disseminação de doenças animais dentro e entre os países do sul da Ásia, impulsionados por um grande comércio informal de animais e produtos pecuários.

Em Dhaka, Mohammad Rafiqul Islam, diretor do laboratório de diagnóstico da Associação para Cooperação Regional do Sul da Ásia (SAARC) concordou com isso, dizendo que se os países do sul da Ásia coordenassem seus esforços, poderiam impedir a disseminação de doenças pecuárias, enquanto melhorariam os padrões sanitários. “Temos um laboratório de ponta. Podemos compartilhar nossa experiência com outros países na região”.

Khan disse que, como membro do SAARC, Bangladesh também se “beneficiaria imensamente da assistência técnica à medida que o país é frequentemente seriamente afetado por doenças animais”.
A cada ano, dezenas de milhares de populações de bovinos no país morrem ou perdem produtividade pela febre aftosa, disse Mohammad Nazrul Islam, diretor do Instituto de Pesquisas Pecuárias de Bangladesh (BLRI). “Essa é uma doença transfronteiriça. Estamos trabalhando em medidas de prevenção”.

O secretário geral da Associação de Indústrias de Frango de Bangladesh, Munzur Murshid Khan, ficou satisfeito com a iniciativa, dizendo que isso ajudaria a avaliar novos casos de gripe aviária. Se for implementado apropriadamente, “isso beneficiará 60.000 a 70.000 fazendas de frangos em todo o país”.

O setor de carnes e pecuária representa 17% do PIB agrícola de Bangladesh. Pelos atuais planos de crescimento do país, haveria uma demanda anual de 7,5 milhões de toneladas de carne até 2021.

A meta principal do programa de dois anos é garantir que os países do sul da Ásia cumpram com padrões sanitários e fitossanitários internacionais até 2016. Embora a meta pareça ambiciosa, a ADB disse em um documento do projeto que “a experiência global mostra que combater doenças transfronteiriças requer iniciativas regionais ao invés de ações independentes por cada país. Nenhum país será capaz de controlar essas doenças transfronteiriças de alto impacto efetivamente através de esforços isolados”.

Fonte: globalmeatnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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