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Bahia quer iniciar exportação de gado em pé

Com um rebanho bovino em torno de 11,5 milhões de cabeças, a Bahia dá importantes passos para introduzir a carne bovina no mercado global. Com esse objetivo, um Grupo de Trabalho está sendo constituído, por iniciativa conjunta da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), e associações de criadores, para montar a estrutura necessária para a exportação de gado em pé e da carne.

Com um rebanho bovino em torno de 11,5 milhões de cabeças, a Bahia dá importantes passos para introduzir a carne bovina no mercado global. Com esse objetivo, um Grupo de Trabalho está sendo constituído, por iniciativa conjunta da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), e associações de criadores, para montar a estrutura necessária para a exportação de gado em pé e da carne.

“Há muito tempo que desejamos isso, e agora temos uma oportunidade real, graças ao grau de integração dos produtores com o governo do Estado através da secretaria da Agricultura”, disse Luiz Freire Sande, gerente de programas especiais da FAEB/Senar, acrescentando que este é um momento muito importante para o agronegócio baiano. O próximo passo será a criação da Câmara Setorial da Carne Bovina da Bahia, formada por representação do Estado e de todos os elos da cadeia da carne.

A exportação da carne bovina baiana foi debatida na quarta-feira, dia 9, em reunião do secretário da Agricultura, Roberto Muniz, com o consultor Nelson Pineda e Luiz Freire Sande (FAEB); Humberto Peixoto (Acrioeste/Aiba); Almir Mendes (ABAC); André Quadros, diretor de Pecuária da Seagri; Raimundo Sampaio, superintendente de Desenvolvimento Agropecuário, (SDA), e Cássio Peixoto, diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia. “O objetivo final é exportar carne, mas vamos trabalhar a cadeia produtiva como um todo, buscando entre outros resultados o melhoramento genético do rebanho”, disse Raimundo Sampaio.

O secretário Roberto Muniz explicou que estamos construindo uma política pública de Estado para dar sustentabilidade e segurança a este importante setor da agropecuária, que trará impactos positivos na economia do Estado e dos municípios. O secretário lembrou ainda que a agricultura familiar é responsável por 50% da pecuária baiana e que as medidas que estão sendo adotadas vão beneficiar este segmento.

Além da criação do Grupo de Trabalho e da Câmara Setorial, outro importante resultado da reunião foi a decisão de se elaborar projetos pilotos para melhorar a logística de comercialização interna e o início da exportação de gado em pé.

As informações são da Secretaria de Agricultura da Bahia-SEAGRI, adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Rogério Dias disse:

    Pelo amor de Deus senhores Vamos usar a inteligência e exportarmos a carne e jamais o gado em pé , pois estamos fortalecendo outros paises e deixando de gerar rendas ,faturamentos , empregos e etc dentro do nosso país ,
    Temos que exportar carne , couro , subprodutos e etc não a matéria prima principal que é o gado em pé .
    Acho que não devemos liberar a exportação de gado em pé na Bahia e tambem temos que travar estados que estão exportando (Pará Principalmente) .

    sds
    rogério dias

  2. Armando Gomes de Almeida disse:

    Sr. RogerioDias, os pecuaristas vende sómente carne, os sub produtos como couro, miudos etc…etc…não conta, ou seja mais claro não recebemos nada , por isso sou a favor da venda de boi em pé, até que comecem a valorizar ou pagar pelo os subprodutos. ultimamente não vale a pena se preocupar com a qualidade do couros dos bovinos que vendemos pois se há lucro na qualidade do produto fica totalmente com os frigorifícos ou para os curtumes

    armando gomes de almeida

  3. Tiago Brandao Correia disse:

    Analisando a Carta do Rogério, gostaria de ponderar que este assunto é um pouco delicado e mais profundo do que pensamos.

    Existem momentos em que a exportação de gado em pé “desatola” o mercado interno, reduzindo a oferta de animais para engorda e consequentemente a oferta de bois gordos, equilibrando às vezes um mercado sobreofertado que derruba os preços e prejudica não só os produtores, como também setores intermediários que vendem subprodutos como o couro (que andou sensivelmente desvalorizado no mercado interno por um bom tempo).

    Na minha região, existem pessoas que circulam pelas pequenas cidades recolhendo couro, que sumiram devido ao baixo preço pago por uma pele, e isto fez com que pequenos açougueiros perdessem uma “renda extra”.

    Logo, por se tratar de uma comodite de ciclo longo, que envolve vários elos de uma cadeia (produtores, invernistas, intermediários e mais intermediários até chegarmos aos diversos produtos finais) este tipo de comercialização pode servir para equilibrar discrepâncias do mercado, regulando uma super oferta de animais.

    Não trata-se apenas de exportar materia prima.

    Como vemos, é um assunto delicado e exige maiores estudos sobre os seus impactos.

  4. Neilton Fernandes de Deus disse:

    É verdade Rogério. Quando todo mundo busca agregar valor ao seu produto, alguns parecem não pensar assim. Só se quem está com esta idéia, queira se livrar das agruras que é negociar com os frigoríficos do país. Também me parece que a Bahia não tenha nenhuma planta firgorífica que possa exportar carne.
    Marco a.R.Magalhães

  5. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Em primeiro lugar é importante deixar claro é que as exportações de gado em pé são de animais adultos destinados ao abate, não de matrizes ou animais jovens. E se outros paises conseguem pagar mais, mesmo assumindo as despesas de frete e seguro, pelos animais que nossos frigoríficos deve haver alguma razão. Ou há um excesso de oferta interna ou restrições comerciais / culturais para atingir estes mercados que adquirem os nosso animais vivos. Mas certamente os pecuaristas não podem transferir margem para a industrria (frigoríficos ou curtumes) sob pena de quebrarem (afinal são o elo mais fraco da cadeia). E se conjunturalmente podem obter maior remuneração exportando os animais devem faze-lo. A nossa industria, que não tem que arcar com as despesas de frete e segur, cabe apenas se tornar cada vez mais competitiva, não exigir uma reserva de mercado.

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