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Austrália: seca prejudica setor frigorífico

A diminuição de oferta de animais para abate, constatada atualamente no Brasil, também preocupa frigoríficos australianos, apesar de ter sido gerada por motivos diferentes. No Brasil um ajuste na produção (abate de matrizes) levou à menor oferta de animais para abate, na Austrália foi a seca que afeta várias regiões do país, com mais ou menos intensidade, desde 2002 que derrubou o rebanho bovino. Pode-se dizer que o problema climático no país da Oceania acabou contribuindo para o avanço brasileiro no exterior, e até o ano passado o Brasil manteve a liderança.

A diminuição de oferta de animais para abate, constatada atualamente no Brasil, também preocupa frigoríficos australianos, apesar de ter sido gerada por motivos diferentes. No Brasil um ajuste na produção (abate de matrizes) levou à menor oferta de animais para abate, na Austrália foi a seca que afeta várias regiões do país, com mais ou menos intensidade, desde 2002 que derrubou o rebanho bovino.

O número de cabeças de gado na Austrália, entre animais de corte e de leite, caiu de 29 milhões para 27,5 milhões de cabeças, segundo Winifred Perkins, consultora da ProAnd Associates Australia. A especialista em indústria da carne bovina, que participou da Conferência Internacional de Confinadores, realizada em setembro, em Goiânia, explica que a falta de alimento em decorrência da seca levou ao abate de animais, por isso o rebanho australiano diminuiu.

Pode-se dizer que o problema climático no país da Oceania acabou contribuindo para o avanço brasileiro no exterior, e até o ano passado o Brasil manteve a liderança.

Neste ano, o país que exporta 65% do que produz, deve voltar a ter queda nos embarques, de acordo com Perkins. Em 2007, foram 1,4 milhão de toneladas (equivalente-carcaça) – a estimativa é de 1,270 milhão de toneladas este ano. “Vai cair por falta de boi e porque o dólar australiano está valorizado”, disse, em entrevista em meados de setembro, portanto, antes de a moeda americana começar a se fortalecer ante outras divisas por conta da crise financeira nos EUA.

No país, que tem 80 estabelecimentos exportadores de carne bovina, a brasileira JBS também já é maior empresa do setor. Segundo Winnifred Perkins, só com a Swift, a JBS já era responsável pela compra de 18% do gado do país. Agora, esse percentual já é maior, afirmou ela. Atrás da JBS no país, estão companhias como a Teys, de capital australiano, e a americana Cargill.

A analista diz que, no início, a aquisição da Swift australiana pela JBS surpreendeu todo o mercado. Mas que, aos poucos, a surpresa foi substituída por uma reação positiva. “Se a JBS não comprasse, a Swift quebraria”.

Perkins comenta que seu país tem muito a aprender com o Brasil no que diz respeito à diversificação dos mercados para exportação. “Estamos muito concentrados. Precisamos encontrar novos mercados emergentes, como Indonésia e China”, comenta.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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