Austrália quer acordo de livre comércio com os EUA

A Austrália informou, na sexta-feira (02), que irá pressionar Washington para começar as negociações bilaterais em direção a um acordo de livre comércio com os Estados Unidos nesta semana, após o presidente dos EUA, George W. Bush, ter vencido no Congresso o programa de Autoridade de Promoção do Comércio (TPA).

A aprovação da lei que determina a TPA – também conhecida como fast track (“caminho rápido”) -, ocorrida na quinta-feira (01), deu ao Parlamento norte-americano a permissão para negociar pactos comerciais, pela primeira vez, desde 1994.

O ministro do Comércio da Austrália, Mark Vaile, disse que começará a pressionar para que haja diálogos o mais breve possível, com um pacto comercial entre os dois países, projetado para aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) da Austrália em até A$ 4 bilhões (US$ 2,15 bilhões) por ano.

“Os EUA mostraram um grande interesse em obter um acordo de livre comércio com a Austrália. Eu aproveitarei a primeira oportunidade disponível para cumprimentar o Representante Comercial dos EUA, Bob Zoellick, e para discutir possíveis opções para os próximos caminhos nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) e para um potencial acordo de livre comércio entre nossos países”.

A Austrália vem pressionando os EUA para obter um acordo comercial há vários anos, mas os subsídios agrícolas foram os principais obstáculos para a obtenção de qualquer acordo. Os EUA são o segundo maior mercado de exportação da Austrália depois do Japão, recebendo A$ 11,9 bilhões (US$ 6,41 bilhões) em bens australianos em 2001, enquanto a Austrália importou A$ 21,4 bilhões (US$ 11,54 bilhões) em bens dos EUA no mesmo ano – mais do que de qualquer outro país.

A Austrália, que tem grandes queixas com relação ao acesso restrito que tem nos mercados de produtos como carne bovina, açúcar, produtos lácteos e algodão, disse também que a nova lei poderá aumentar as chances dos exportadores de ganhar espaço no mercado mundial.

Em 05/08/02 – A$ 1 = US$ 0,53935

Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint