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Austrália: número de confinamentos atinge novo recorde em 7 anos

Os números de bovinos em engorda no trimestre de março na Austrália alcançaram seu maior nível em sete anos, de acordo com a última pesquisa trimestral nacional divulgada recentemente. A Associação de Confinadores Australianos e o Meat and Livestock Australia (MLA) disseram que a última pesquisa mostra que os números aumentaram em 8% (63.000 cabeças) entre dezembro e o final de março, alcançando 873.800 cabeças.

Esse é o maior número visto desde dezembro de 2006, sombreando um aumento incomum reportado nos dados no trimestre de 30 de junho do ano passado, quando a ocupação dos estabelecimentos de engorda, de acordo com a pesquisa, alcançou 873.000 cabeças.

Além desses dois trimestres, os números de bovinos australianos em engorda basicamente flutuaram dentro de uma faixa relativamente estreita entre 700.000 e 800.000 cabeças nos últimos cinco anos, marcando esse último dado como um movimento substancial de quebra.

Os maiores aumentos nos números foram vistos nos estados afetados pela seca de Queensland (+9.000 cabeças com relação ao trimestre de dezembro, para 485.000 cabeças) e New South Wales (+20.000 cabeças, para 265.000 cabeças), somado aos ciclos normais de crescimento em Western Austrália (+20.000 cabeças, para 39.000 cabeças).

O presidente da Associação Australiana de Confinadores, Don Mackay, concordou que o momento da pesquisa mais recente, em 31 de março, não conseguiu capturar o impacto das chuvas disseminadas na Austrália Oriental no final de março. Ele disse que o resultado foi direcionado pelo influxo de bovinos mais baratos afetados pela seca entrando nos currais de engorda durante o último trimestre, bem como pela maior demanda externa por carne bovina.

Os preços dos novilhos e novilhas para engorda caíram em 2% e 4% com relação à média de dezembro, ou 4% e 9% com relação ao ano anterior, disse ele. “Os resultados não surpreendem, dadas as condições de seca. A capacidade de utilização dos confinamentos, de 79%, também foi a mais alta desde dezembro de 2006, também influenciada pela seca”. A ocupação de Queensland chegou a 81% no último trimestre, enquanto a de New South Wales chegou a 74%.

O gerente de informações e análises de mercado do MLA, Tim McRae, disse que as exportações de carne bovina de animais alimentados com grãos para o trimestre de março aumentaram em 12% com relação ao ano anterior, para 52.500 toneladas, com declínios ao Japão compensados pelos aumentos para China, Oriente Médio, União Europeia (UE) e Estados Unidos.

Questionado sobre a previsão para os números de animais confinados no trimestre atual, Mackay disse que seria interessante ver o que acontecerá. “Houve as chuvas no final de março e os preços dos animais, então, aumentaram brevemente. Desde então, entretanto, houve muito mais animais voltando ao mercado à medida que a realidade do inverno se aproxima”.

Porém, com a ampla expectativa de que os bovinos abatidos bem terminados deverão ser escassos na segunda metade do ano, fica a questão se isso estimulará os operadores de confinamentos a colocar animais para engorda antes da primavera.

“Eu suspeito que sim. Apesar dos abates muito grandes sendo registrados nas últimas semanas, a demanda por carnes, internacionalmente, permanece muito forte. Embora essa demanda exista, as pessoas que fazem contratos futuros para 100 dias confinados e outros bovinos alimentados com grãos continuaram avançando, com alguma confiança. Você precisa pensar que haverá taxas razoáveis para bovinos durante a primavera e que isso deverá ajudar a dar suporte aos números em engorda, na minha opinião”.

“As chuvas de outono como as que tivemos recentemente são muito diferentes das chuvas de primavera, em termos de impacto no mercado pecuário. É excelente ter isso, mas nessa região (Glen Innes), dois finais de semana atrás, tivemos neve e uma temperatura máxima de 1oC durante o dia. As pessoas em regiões mais altas e mais frias não comprarão animais nessa época do ano”.

Fonte: beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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