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Austrália não consegue reduzir taxas de exportação à Coreia como os EUA

Neste início de ano, a Austrália teve mais um contratempo no mercado coreano prejudicando sua posição competitiva contra seu concorrente nas exportações de carne bovina, os Estados Unidos. A partir de 1o de janeiro começou a nova fase da redução de tarifas para os exportadores de carne bovina americanos que vendem à Coreia, sob os termos do Acordo de Livre Comércio Coreia-Estados Unidos (KORUS), que teve início em 2011. A cada ano, a tarifa paga pelos Estados Unidos pelo acordo KORUS declina em 2,67%, durante os 15 anos do acordo, até que a tarifa chegue a zero.

Ao mesmo tempo, a Austrália que até agora não conseguiu chegar alcançar os termos para um acordo de livre comércio com a Coreia, luta com sua tarifa original de 40% nas vendas para a Coreia. Nesse ano, isso significa que os Estados Unidos pagam uma tarifa que é 5,34% menor que a da Austrália. 

Como ilustrado no gráfico, os ajustes significam que a Austrália está cada vez mais em desvantagem contra o concorrente Estados Unidos no mercado coreano de carne bovina. Embora os importadores e membros do mercado digam que o primeiro estágio da diferença na tarifa, de 2,67% no ano passado, não tenha tido um impacto “notável” nas vendas, isso deverá mudar nesse ano, à medida que essa diferença aumenta.

O representante do grupo de trabalho da indústria no mercado coreano do Conselho da Indústria de Carnes da Austrália, Stephen Kelly, disse que, em termos de previsão de progresso de um acordo de livre comercio da Austrália com a Coreia, grande parte da discussão cessou no ano passado, à medida que a Coreia entrou em modo de eleição.

Uma delegação comercial visitará a Coreia no começo de março, quando tentará manter a conscientização e o diálogo entre os governo australiano e coreano. Uma delegação coreana também pode visitar a Austrália no começo desse ano, para a mesma proposta.

Apesar dessa maior desvantagem tarifária nesse ano, o Meat and Livestock Australia (MLA) espera que as exportações australianas de carne bovina à Coreia em 2013 permaneça no mesmo nível de 2012, em cerca de 125.000 toneladas. A competição do produto doméstico deverá permanecer alta e as incertezas sobre as ofertas dos Estados Unidos deverão continuar. De fato, os Estados Unidos terão algumas vantagens competitivas, com a previsão da moeda se manter mais fraca que o dólar australiano, bem como a vantagem tarifária. Isso será compensado, em parte, pelos maiores custos de produção dos Estados Unidos e os efeitos da seca no país, disse o MLA.

As importações totais de carne bovina e de vitelo da Coreia em 2012 alcançaram 264.000 toneladas, com a participação da Austrália sendo de 52%, enquanto os Estados Unidos caíram marginalmente para 36%, após enviar 95.000 toneladas. O abate de gado doméstico na Coreia terminou 2012 no nível mais alto em mais de uma década, 20% a mais que no ano anterior, com os abates em 2013 devendo permanecer nesse nível, se não maiores, segundo projeções recentes do MLA.

A reportagem é do Beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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