Mercado Físico da Vaca – 02/03/10
2 de março de 2010
Coreia do Sul continua preocupada com a aftosa
4 de março de 2010

Austrália espera enfrentar outro ano desafiador

Os criadores de bovinos e exportadores de carne bovina da Austrália podem esperar outro ano de preços baixos e fraca demanda de exportação, mas o ponto mais baixo nos preços já passou. Ao lançar as Projeções para a Indústria de Bovinos da Austrália de 2010, do Meat and Livestock Australia (MLA), o economista, Tim McRae, disse que uma recuperação completa do mercado não ocorrerá até que a demanda aumente no Japão, Coreia e Estados Unidos, e o dólar australiano recue para níveis mais controláveis.

Os criadores de bovinos e exportadores de carne bovina da Austrália podem esperar outro ano de preços baixos e fraca demanda de exportação, mas o ponto mais baixo nos preços já passou. Ao lançar as Projeções para a Indústria de Bovinos da Austrália de 2010, do Meat and Livestock Australia (MLA), o economista, Tim McRae, disse que uma recuperação completa do mercado não ocorrerá até que a demanda aumente no Japão, Coreia e Estados Unidos, e o dólar australiano recue para níveis mais controláveis.

“Embora provavelmente haja alguma melhora nos preços da carne bovina e do gado nesse ano, a demanda japonesa provavelmente continuará fraca. A carne bovina australiana também estará sobre maior pressão na Coreia por causa da carne norte-americana, estimulada por uma campanha de marketing multimilionária e pelo baixo dólar norte-americano”.

No geral, as exportações de carne bovina em 2010 deverão cair em 5,7% com relação ao ano anterior, para 875.000 toneladas de peso enviado, com as exportações de carne bovina ao Japão devendo cair em 7%, para 330.000 toneladas em 2010 e em 18% para a Coreia, para 95.000 toneladas. “O alto dólar australiano deverá permanecer o principal problema para os processadores que exportam carne da Austrália e ser exacerbado pelo menor número de bovinos disponíveis para abate”.

O MLA previu que os abates de bovinos adultos cairão em 4,5%, para 7,4 milhões de cabeças em 2010, o menor nível desde 1996, devido ao menor rebanho, fracas estações de crias anteriores e retenção de mais fêmeas (reduzindo a liquidação de rebanhos). Com um pequeno aumento nos pesos, a produção de carne bovina deverá cair cerca de 4%, para 2,05 milhões de toneladas peso carcaça.

“O ponto mais baixo nos preços de exportação e do boi gordo na atual recessão provavelmente já foi superad, considerando as melhores condições econômicas, a liquidação de rebanhos na América do Norte e do Sul, Oceania e Europa, menores estoques de carne bovina e potencial para melhores condições sazonais do que em 2009. Entretanto, os preços do gado deverão permanecer baixos e apresentar somente melhoras modestas em 2010, lideradas por vacas e novilhos. Os preços para as categorias de animais mais pesados deverão ser os mais limitados devido à maior competição enfrentada pela carne bovina dos Estados Unidos na Coreia e no Japão”.

Apesar da recuperação induzida pela oferta esperada nos preços da carne bovina e dos animais dos Estados Unidos, o alto dólar australiano e as menores ofertas da Austrália deverão limitar a recuperação nos envios ao mercado dos Estados Unidos para somente 3%, ou 260.000 toneladas – ainda 35% menor do que o pico de 2001, quando o dólar australiano estava em média em US$ 0,52. No entanto, a Indonésia deverá continuar expandindo as importações de carne bovina e de gado em pé. Além disso, mercados menores de exportação, incluindo Oriente Médio, União Europeia (UE) e Federação dos Estados Independentes (CEI) deverão manter firmes ou expandir as importações de carne bovina australiana, enquanto o mercado doméstico continua atrativo.

“Um crescimento econômico positivo e a maior confiança dos consumidores deverá atrair atenção considerável ao mercado doméstico nesse ano, particularmente se o dólar permanecer alto. Apesar da queda de 3,9% na produção de carne bovina, consumo doméstico total deverá permanecer estável em 2010, para 740.000 toneladas”.

Devido aos menores preços do gado e dos menores abates, maiores custos, alto dólar, condições financeiras difíceis e impacto de vários anos de seca, os produtores do sul da Austrália terão pouco incentivo para expandir seus rebanhos. “Porém, considerando a boa previsão para o setor de exportação de gado em pé e os retornos positivos para o gado no norte da Austrália, os produtores do norte deverão ter algum incentivo para re-começar a reconstrução do rebanho, desde que as monções não terminem precocemente”.

A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress