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Austrália: AACo revisa negócios após queda nos lucros

Três anos depois de abrir seu matadouro de A$ 100 milhões (US$ 76,97 milhões) perto de Darwin, o maior frigorífico da Austrália lançou uma revisão devido de ao baixo desempenho obtido.

Os resultados preliminares da Australian Agricultural Company’s (AACo) no ano fiscal de 2017-18 mostraram que o abatedouro foi um dos principais fatores que contribuíram para a queda da lucratividade da empresa.

Perdas significativas relacionadas ao negócio do abatedouro de Livingstone custaram à AACo entre A$ 60 e A$ 65 milhões (US$ 46 a US$ 50 milhões) nos últimos 12 meses, parte da qual foi causada por “uma cláusula onerosa de contrato”.

O recém-nomeado CEO, Hugh Killen, disse aos acionistas que os resultados financeiros estavam “abaixo das expectativas”.

“A Livingstone Beef deverá contribuir com um lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização de A$ 18- A$ 22 milhões (US$ 13,8 a US$ 17 milhões) [para o ano fiscal de 2017-18]”, disse ele. “Isso se compara com uma perda de EBITDA operacional de A $ 12,5 milhões (US$ 9,6 milhões) [no ano fiscal de 2016-17].”

Como resultado, a AACo contratou a Deloitte para realizar um “processo de revisão estratégica” para avaliar todas as opções disponíveis para a Livingstone Beef, que emprega cerca de 200 pessoas.

Quando questionado se vender o abatedouro é uma opção que está sendo investigada, Killen respondeu em uma declaração escrita: “A revisão fornecerá uma compreensão da ampla gama de alternativas potenciais e, nesse estágio, não descartamos nada. Forneceremos uma atualização detalhada sobre a revisão no momento de nossos resultados do ano fiscal de 2018 [que serão] anunciados em 23 de maio. Enquanto esta revisão estratégica está em andamento, a administração continuará se concentrando nos aspectos controláveis do processo de produção, incluindo melhorar ainda mais a eficiência operacional da planta.”

Retorno financeiro da AACo em 12 meses

Killen disse que vários fatores externos contribuíram para a queda o desempenho da AACo nos últimos 12 meses.

“O desempenho da AACo tem sido afetado por desafios externos, como o aumento da dinâmica competitiva em certos mercados, um dólar australiano mais alto, preços mais altos de insumos e um ambiente de preço elevado para a Livingstone Beef”, disse Killen.

AACo espera “a perda estatutária de EBITDA na faixa de A$ 30 milhões a A$ 40 milhões (US$ 23 a US$ 30,8 milhões), isso se compara ao EBITDA estatutário de A $ 133,2 milhões (US$ 102,52 milhões) [no ano financeiro de 2017]”, disse Killen.

A AACo também está buscando melhorar a eficiência de seu rebanho de gado não-wagyu premium, já que essa parte do negócio “superou as expectativas”.

Killen resumiu isso por dois motivos. “Um deles, sua dependência de fornecedores de serviços externos nos estágios posteriores da cadeia de valor, e dois, seu nível de exposição a flutuações nos preços de commodities de carne bovina.

“O primeiro resultado substantivo da revisão é uma decisão de simplificar esta cadeia de fornecimento, fazendo a transição para um modelo de venda de gado, em vez de vender carne bovina”, disse ele. “Isso aumentará a lucratividade e o fluxo de caixa dessa cadeia de fornecimento. A mudança ocorrerá após um curto período de transição e será adotada daqui para frente, sujeita a uma mudança material nas condições de mercado.”

Wagyu

O desempenho mais forte da empresa foi em sua carne wagyu de luxo, que, segundo Killen, “continua oferecendo um forte desempenho de margem”.

“A AACo acredita que há uma oportunidade de liberar mais margem através de eficiências de custo, além do nosso foco em impulsionar o crescimento da receita através de nossa marca e marketing”, disse ele.

Em 2016, a AACo anunciou seus planos para lançar a carne de wagyu Wylarah e Westholme e, desde então, lançou o produto em alguns mercados no exterior.

Mas Killen espera que o “próximo lançamento formal da marca [aconteça] antes do final de 2018”, que ele espera que ajude a impulsionar a lucratividade.

Nos últimos anos, a AACo expandiu seu rebanho de wagyu com 18,5% de seu rebanho de gado composto de wagyu em 2017.

Saiba mais sobre o maior frigorífico da Austrália:

AACo: Conheça o maior produtor integrado de bovinos e carne da Austrália

Fonte: ABC, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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