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Aumento de 140% do ICMS atinge parte dos cortes de carne em Pernambuco; entenda

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre alguns cortes nobres de carne bovina subiu de 2,5% para 6% em Pernambuco, desde o dia 1º de abril, um aumento de 140%. A cobrança sobre carne suína passou de 2% para 6%. Consumidores relataram à TV Globo que está difícil comprar carne bovina. Nesta quinta-feira (11), o secretário Décio Padilha buscou esclarecer as dúvidas que vem surgindo sobre o tema.

O Bom Dia PE mostrou que, em um supermercado de Jaboatão dos Guararapes, os consumidores estão sentindo diferença nos preços. “Estou sempre economizando. A carne tá um absurdo. Dá pra levar, mas tá difícil. Aí a gente compra frango, coxinha, asinha, porque carne de boi tá um absurdo”, disse Rosilma.

Apesar das reclamações, o secretário afirmou que o aumento impacta em menos de 10% no consumo de carne bovina no estado.”As peças inteiras que entram no estado em caminhões frigoríficos continuam taxadas em 2%. Se levar em conta o gado em pé, a tributação é zero. Esse aumento só afeta 8,65% da carne movimentada em Pernambuco”, disse.

O secretário apontou, ainda, que os açougues não são afetados, pois compram a peça inteira de carne. “Açougue não tem nenhum aumento em relação isso. A carne que teve ajuste foi de cortes nobres embalados a vácuo. Gado abatido aqui não tem cobrança. Embalagem a vácuo que vem já de fora do estado é que foi afetada”, explicou Padilha.

Cortes especiais que já vem embalados, como picanha e outros, é que são impactados com o aumento. “Eu não posso tributar um corte que vem da Argentina do mesmo jeito da charque, da farinha. É complicado. Se você observar, 91% dos casos não foram alterados. E mesmo os cortes nobres de peça inteira, que os restaurantes costumam trabalhar, não são afetados”, afirmou.

Em nota enviada à TV Globo, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Pernambuco, André Araújo, disse enxergar com bastante preocupação o elevado percentual de aumento de impostos.

“Com os custos mais altos desses insumos, primordiais na confecção de pratos de bares e restaurantes do nosso estado, gerando aumento nos cardápios, clientes deverão evitar o consumo desses cortes e esse comportamento afetará todo o setor de alimentação fora do lar, em um momento em que as empresas ainda se recuperam da crise”, disse no texto.

Fonte: G1.

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