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Aumenta a demanda por produtos mais convenientes nos EUA

Os dados do primeiro trimestre de 2001 mostraram que a demanda norte-americana por carne bovina continua forte, segundo anunciou a indústria de carnes do país na Conferência Industrial do Verão.

Representantes do Cattlemen´s Beef Board (CBB) e da Cattlemen´s Beef Association (NCBA) disseram que os esforços feitos pela indústria da carne com recursos dos próprios produtores, destinados justamente a aumentar a demanda pelo produto, tiveram grande participação neste processo. De acordo com o índice de demanda pesquisado, a procura por carne bovina aumentou 5% no segundo trimestre de 2001, quando comparada com o segundo trimestre de 2000. A demanda pela carne aumentou 10% em relação aos últimos 12 trimestres, quando comparada com os respectivos trimestres do ano anterior.

“Nunca na história, a indústria de carnes obteve tanto sucesso no que se refere ao aumento do consumo de carnes”, disse Dan Hammond, presidente da CBB e pecuarista de corte da American Falls, em Idaho. “A indústria de carnes norte-americana está atendendo às necessidades do consumidor, através do lançamento de produtos mais práticos e convenientes de preparar. Nós percebemos que a conveniência é fundamental para a qualidade de vida e nós temos correspondido através do desenvolvimento de novos produtos, novos cortes de carne.” A demanda de carne bovina, que é medida através do consumo per capita e do gasto dos consumidores com carnes, vem apresentando tendência de aumento, desde 1999. A estabilização e o aumento da demanda ocorreram após a indústria ter estabelecido um agressivo plano de negócios focado na oferta de produtos mais convenientes, além de um processo educativo em relação aos consumidores sobre a gama de nutrientes importantes encontrados na carne.

“O índice de procura pela carne bovina é um indicador bastante preciso da tendência de consumo”, segundo Wayne Purcell, professor da Virgina Tech Agricultural Economics, mentor do Índice de Demanda de Carne. “Muitas pessoas pensam que o aumento na demanda de carne é resultado direto de uma forte economia, mas existe uma série de outros fatores. A indústria de carne bovina criou programas que contribuíram para o sucesso deste aumento”.

Especialistas da indústria anteciparam que a procura pela carne vai permanecer estável mesmo que o suprimento sofra uma suave queda dentro de poucos anos. Os gastos dos consumidores com a carne bovina durante o ano de 2001 estão projetados para um total aproximado de US$ 55,3 bilhões – mais que US$ 2,4 bilhões acima do ano passado. Isso ocorrerá apesar de as projeções para o suprimento de carnes em 2001 estar apontando para índices semelhentes aos registrados em 2000, com produção de cerca de 37 mil toneladas.

“Com outras companhias e indústrias sentindo o impacto das dificuldades econômicas, estas pesquisas confirmam que os consumidores vêem no alimento, especificamente na carne bovina, algo essencial para a felicidade e meio de vida”, de acordo com Lynn Cornwell, presidente do NCBA e fazendeiro de Glasgow, Mont. “Em função da praticidade e oferta de nutrientes contidos na carne, os consumidores não têm como eliminar este alimento do seu cardápio”.

Novas categorias de alimentos feitos com carne bovina, os quais podem ser aquecidos em forno de microondas e servidos em pouco tempo – cerca de 10 minutos – têm sido desenvolvidas, fazendo com que o consumidor norte-americano ganhe muito tempo no preparo dos alimentos. As vendas destes tipos de produtos têm aumentado em torno de 88% nos últimos dois anos, e as vendas anuais desta categoria alcançaram valores próximos a US$115 milhões.

Os consumidores hoje também estão aceitando bem melhor os benefícios nutricionais da carne, em parte também pelo trabalho e esforço de marketing realizado, designado em esclarecer melhor os nutrientes presentes na carne, como zinco, ferro, proteínas e vitaminas do complexo B. Uma recente pesquisa com consumidores demonstrou que eles estão mais aptos em dizer o quanto sentem-se melhor em função do valor nutricional da carne. Cinqüenta e quatro porcento dos americanos concordam que a carne bovina é uma parte importante da dieta, saúde e estilo de vida, em comparação com 51% em 1999.

As décadas na liderança no quesito sanidade e segurança, têm contribuído para que a indústria de carnes nos EUA se mantenha afastada de outras regiões do mundo. A liderança é, particularmente visível, com relação às doenças como a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB, mal da vaca louca) e febre aftosa – duas epidemias que têm severamente danificado o mercado europeu de carnes nos últimos anos. Nenhuma destas doenças existe nos EUA. Apesar das duas doenças despertarem bastante atenção e repercutirem na mídia, os consumidores ainda estão confiantes na segurança do suprimento de carne americano. Um estudo, conduzido em julho de 2001, pela Wirthlin Worldwide, revelou que o conhecimento destas doenças por parte dos consumidores é bastante alto, cerca de 89%. A confiabilidade na defesa sanitária dos EUA também é bastante alta, em torno de 86%.

Fonte: Beef.org, adaptado por Equipe BeefPoint

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