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Associação de Búfalos quer regularizar rebanho do MS

Embora seja um rebanho pequeno, em Mato Grosso do Sul não atinge a marca dos 20 mil animais, é preocupante o fato de os criadores de búfalo não terem seu gado regularizado junto a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e à Secretaria de Receita e Controle. Essa informação foi prestada pelo próprio presidente da Associação dos Criadores de Búfalo de Mato Grosso do Sul (ACB-MS), Antonio Rozario Migliorini, ao governador do Estado, José Orcírio Miranda dos Santos, durante audiência.

Preocupada em regularizar o rebanho, divulgar mais a raça e atrair maior número de criadores de búfalos no Estado, a ACB-MS solicitou ao governador diversas medidas de apoio, especialmente incentivos fiscais como os que vêm sendo dados pelo Governo por meio de outros programas, para o vitelo pantaneiro, o nelore natural, a ovinocultura, a piscicultura e a agricultura.

Migliorini entregou documento no qual consta que a associação ainda não intermediou venda de animais precoces bem acabados, de 18 a 24 meses, a empresas idôneas interessadas em pagar preço diferenciado porque não existe quantidade e regularidade na entrega do produto. “Muitos criadores têm medo de informar o seu rebanho porque ele está irregular”.

Ele informou que atualmente apenas 50% dos búfalos criados em Mato Grosso do Sul estão cadastrados no Iagro. Há municípios, como Bodoquena, onde existem mil cabeças de búfalos que não constam no cadastro.

É importante lembrar que esse gado não cadastrado e sem nenhum controle sanitário oficial, pode representar sério risco aos programas de controle e erradicação da febre aftosa, da brucelose e da raiva bovina.

Incentivos

A associação está pedindo isenção de tributos estaduais, financiamento a pequenos e médios criadores de búfalos para compra de matrizes e reprodutores, certificação do búfalo como animal ecológico, programa de divulgação das vantagens do búfalo para a economia, a saúde e a ecologia, apoio financeiro e tecnológico para o melhoramento genético do rebanho de búfalo brasileiro (bubrasil) e a criação de uma cadeira de bubalinocultura nas faculdades e escolas técnicas de veterinária e zootecnia.

Pedem ainda prazo de um ano para que os pecuaristas criadores da raça regularizem seus rebanhos de búfalos, com anistia das multas respectivas.

Na verdade, alguns desses pedidos não dependem do Governo do Estado, mas há informações de que a Secretaria da Produção e do Turismo está estudando uma forma de assegurar incentivos e alguma medida que seja de alcance do Estado a novos criadores de búfalos do Estado.

Fonte: Correio do Estado/MS (por Maurício Hugo), adaptado por Equipe BeefPoint

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