O governo brasileiro, juntamente com a cadeia da carne bovina, comemorou recentemente duas grandes conquistas para o setor: a habilitação de 17 novas unidades de exportação à China e a abertura do mercado da Indonésia. No entanto, o Brasil ainda não teve sucesso nas negociações para o desbloqueio do mercado dos Estados Unidos, maiores importadores mundiais de carne bovina.
O governo brasileiro alega já ter cumprido todas as exigências feitas pelos norte-americanos em relação à qualidade do produto brasileiro. Porém, ainda aguarda o sinal verde do gigante da América no Norte – o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ventilou a esperança de reabrir o mercado ainda neste segundo semestre.
Enquanto isso, a Argentina, outro tradicional fornecedor mundial da carne vermelha, não se cansa de fazer oba-oba – e marketing – com o fato de estar com o seu caminho livre para exportar o produto in natura ao gigante da América do Norte.
Neste mês de setembro, uma comitiva argentina passou pelas cidades de Los Angeles, Chicago e Miami para promover “Os Dias de Carne Argentina”. “É um mercado muito importante, não só pelos possíveis volumes de vendas, mas também porque é um país que abre caminho para outros destinos”, disse Ulises Forte, presidente do Instituto de Promoção da Carne Argentina (IPCVA). México, países da América Central, além de Coreia do Sul e o Japão, estão na mira dos exportadores argentinos.
Segundo Forte, o objetivo das reuniões de setembro foi apresentar “a melhor carne argentina” aos importadores, distribuidores, imprensa especializada e representantes do setor de hotéis e restaurantes, entre outros serviços de degustação.
Em novembro do ano passado, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), tornou oficial a entrada da carne bovina argentina no mercado norte-americano. A decisão colocou fim a um bloqueio de 17 anos, ocasionado por um surto de febre aftosa em 2001.
A carne bovina in natura brasileira, por sua vez, está embargada pelos norte-americanos desde julho de 2017, depois do registros de abscessos (contaminação com pus) provocados pela reação à vacina contra aftosa.
Fonte: Portal DBO.