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Argentina prevê recomposição do rebanho em 2011

A Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) da Argentina estimou que o mercado de carne bovina do país passará durante 2011 por uma "recomposição do rebanho nacional", já que o ciclo de liquidação de ventres prosseguirá seu processo de reversão. A entidade estimou também, em uma análise sobre as perspectivas agroalimentares, que a atividade frigorífica estará "levemente abaixo" da registrada em 2010, já que, para esse ano, espera-se um abate bovino de cerca de 11 milhões de cabeças. "Com esse nível de abates e um peso médio de produção estimado em 228 quilos por animal abatido, a produção de carne bovina alcançaria 2,5 milhões de toneladas equivalentes carcaça com osso". As exportações de carne bovina, no entanto, seriam similares às registradas em 2010.

A Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) da Argentina estimou que o mercado de carne bovina do país passará durante 2011 por uma “recomposição do rebanho nacional”, já que o ciclo de liquidação de ventres prosseguirá seu processo de reversão.

A entidade estimou também, em uma análise sobre as perspectivas agroalimentares, que a atividade frigorífica estará “levemente abaixo” da registrada em 2010, já que, para esse ano, espera-se um abate bovino de cerca de 11 milhões de cabeças. “Com esse nível de abates e um peso médio de produção estimado em 228 quilos por animal abatido, a produção de carne bovina alcançaria 2,5 milhões de toneladas equivalentes carcaça com osso”.

As exportações de carne bovina, no entanto, seriam similares às registradas em 2010 (aproximadamente 300 mil toneladas) de forma que, durante 2011, estariam voltando ao mercado doméstico cerca de 2,2 milhões de toneladas. Desse modo, o consumo per capita ficaria estabelecido em torno de 54 quilos anuais, previu a ONCCA.

Durante 2010, a indústria frigorífica argentina reduziu sua atividade, já que o nível de abates ficou estabelecido em 11,8 milhões de cabeças (-26,6% com relação ao ano anterior). A produção de carne, no entanto, amortizou em parte essa queda mediante o forte aumento no peso médio que foi, em 2010, de 221 quilos, 11 a mais que em 2009. Assim, foi alcançado um volume de 2,6 milhões de toneladas equivalentes de carcaças com osso (-22,8% com relação ao ano anterior).

“A melhora na produtividade da pecuária argentina, medida pelo rendimento de carne por animal abatido, contribuiu para compensar a queda observada na quantidade de cabeças abatidas”, avaliou a ONCCA. A redução nos abates e a produção de 2010 foram atribuídos a um “fenômeno conjuntural de escassez de oferta de gado”.

Essa queda obedeceu em primeiro lugar à redução do rebanho bovino, “causado pelos efeitos devastadores da seca mais significativa dos últimos 50 anos”. O fenômeno “não somente provocou a mortandade de um número significativo de animais, mas também, incentivou o envio antecipado ao abate ao longo de todo o ano de 2009”.

Por outro lado, “ocorreu um processo de retenção de ventres, como consequência de uma mudança nas perspectivas do produtor”, já que, em 2010, “foram criados novamente incentivos suficientes para reter as fêmeas nos rebanhos reprodutivos”.

Em síntese, o consumo interno de carne bovina finalizou o ano em torno de 2,3 milhões de toneladas de carcaça com osso, que representam uma baixa de cerca de 15% com relação a 2009. O consumo de carne por habitante, nesse contexto, fechou 2010 em 56,6 quilos per capita, equivalentes a uma diminuição de 11 quilos com relação a 2009.

Também sofreu uma contração o volume exportado de carne bovina em 2010, ainda que a redução nos envios tenha sido moderada pela “significativa melhora no preço médio pago pelos importadores de carne bovina argentina”. Com relação ao ano anterior, o valor da tonelada exportada aumentou em cerca de 50%.

Para os próximos meses, a ONCCA disse que o processo de retenção de fêmeas “vai permitir que, em médio prazo, a pecuária bovina possa recompor o nível de existências” no rebanho. “Isso, por sua vez, permitirá que a indústria retorne a seu caminho de expansão e, ao mesmo tempo, alcance uma situação de equilíbrio sustentável em longo prazo”.

A reportagem é do Agromeat, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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