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Argentina: mais barreiras para exportar carne

Por ordem do Secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, durante o mês de novembro, será reenviada a entrega de Registros Obrigatórios de Exportação (ROEs) para preparar o mercado diante do aumento da demanda do mês de dezembro.

Por ordem do Secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, durante o mês de novembro, será reenviada a entrega de Registros Obrigatórios de Exportação (ROEs) para preparar o mercado diante do aumento da demanda do mês de dezembro.

Moreno comunicou, às várias empresas frigoríficas exportadoras, que as permissões de exportação serão entregues sempre e quando a empresa demonstrar faturas de vendas normais de abastecimento do mercado interno. Essa condição deve ser cumprida por empresas que também despacham cortes Hilton que, a partir da segunda semana de novembro, deverão entregar semanalmente para Moreno as faturas de venda de meia carcaça para o consumo local.

A determinação de Moreno voltou a causar o rechaço de algumas empresas que consideram que, no atual contexto de escassez de gado, é impossível cumprir com os contratos de venda com importadores europeus, que estão fechados desde o começo e o meio do ano.

Segundo fontes do setor frigorífico, para complicar ainda mais a entrega das permissões de exportação, Moreno agora também exigirá o nome e/ou razão social do comprador estrangeiro e, após constatar a veracidade do negócio, realizará entrega da permissão correspondente. Segundo ele, a nova determinação obedece aos controles que o governo quer levar para evitar a triangulação de exportações.

Segundo os empresários, o panorama é muito complexo, já que não somente as empresas estão pagando preços altos para se abastecer de gado e cumprir com os compromissos contraídos anteriormente, mas também, enfrentam cada vez mais demoras nas entregas das permissões.

Atualmente, segundo fontes do mercado, os cortes Hilton estão entre US$ 15.000 e US$ 15.500 por tonelada, quase 30% do que se pagava no ano passado. Os empresários dizem que estão desperdiçando a oportunidade de avançar com o cumprimento da cota, porque as empresas resistem em fornecer informações sobre seus compradores. Suspeitam que essa informação, que nem sequer pode ser revelada pela Administração Federal de Receitas Públicas (Afip), seja utilizada por Moreno para beneficiar empresas amigas.

A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Uma crise que não tem fim. E piora a cada dia. O populismo esta destruindo o setor.

  2. Luiz Antonio Marques de Resende disse:

    Esse é o tipo de notícia que tem dois lados que se opõe.O 1º é positivo,se a Argentina exporta menos o Brasil cobre o buraco exportando mais e ganhando mercados de um rival histórico.O 2º é negativo,que é dar mal exemplo para os governos vizinhos.

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