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Argentina: Kirchner “será implacável” com pecuaristas

Em reação aos piquetes que foram feitos nas estradas argentinas impedindo a passagem de gado e outros produtos para Buenos Aires e interior do país, o ministro do Interior, Aníbal Fernández, ameaçou prender os pecuaristas. "O governo será implacável", avisou.

Em reação aos piquetes que foram feitos nas estradas argentinas impedindo a passagem de gado e outros produtos para Buenos Aires e interior do país, o ministro do Interior, Aníbal Fernández, ameaçou prender os pecuaristas. “O governo será implacável”, avisou. Essa decisão elevou a tensão entre o presidente Néstor Kirchner e as associações ruralistas, que fazem a maior paralisação do setor desde 1985.

O governo deixou claro que não cederá às exigências dos ruralistas. ´O governo será implacável´, disse o ministro do Interior. O chefe do gabinete de Ministros, Alberto Fernández, disse que ´os fazendeiros nunca ganharam tanto dinheiro e nunca expressaram tanto desprezo pelos argentinos como agora´. Entre os produtores, cresce a idéia de estender a greve, programada para durar nove dias, por tempo indeterminado.

Ontem, pelo segundo dia consecutivo, o governo enviou gado das Forças Armadas para abastecer os mercados. O Exército e a Marinha têm 50 mil cabeças para seu consumo.

Além disso, Néstor Kirchner pretende convocar um boicote nacional ao consumo de carne e reuniu-se ontem com associações de defesa dos consumidores para convencê-las a lançar o boicote. Seria o segundo em menos de um ano. Se preciso, ainda usará a Lei do Abastecimento, criada em 1974 pelo então presidente Juan Domingo Perón para impedir o desabastecimento. A lei prevê pesadas multas, fechamento de empresas e a prisão dos empresários ´agiotas e especuladores´.

0 Comments

  1. Hermes Jose de Morais disse:

    Para analisar melhor e ficar por dentro dos mercados dos países vizinhos seria bom que a imprensa divulgasse o valor da @ pago pelos frigoríficos argentinos bem como o custo de produção e renda per capta.

    Pois tenho um recado para o Sr. Kirchner: faça como o governo brasileiro, quando inicia o aumento do preço do leite ele traz da Argentina, Paraguai, para haver mais oferta que procura fazendo baixar o produto interno, e sendo assim por que não fazer o mesmo, comprando carne do Brasil? Pelo que se vê na argentina, eles estão vivendo o mesmo processo do Brasil no inicio do plano cruzado.

  2. Luiz Antonio Guido Rios disse:

    Olhem bem. Este será o Brasil amanhã!! Alguám se lembra do “efeito ORLOFF”? Só que por aqui o PT tem a “companheirada” do MST e etc para fiscalizar os “exploradores do povo ” que vamos ser nós mesmos que estamos quase em insolvência. Os próximos anos vão ser muito difíceis!!! Ainda mais com nossas lideranças da CNA e etc. Quem sobreviver verá.

  3. Davi Bondartchuk disse:

    Quem sabe, nós pecuaristas brasileiros podemos aprender alguma coisa com nossos vizinhos. Na situação da nossa pecuária, nós pecuaristas, na maioria das vezes egoístas e individualistas, deveríamos tomar atitudes não drásticas, mas de valorizarmos um pouco mais nosso produto, a carne. Mas até quando continuaremos assim, sem nos mobilizarmos e unirmos?

    Pode ser que ainda nossa atividade não tenha passado por uma crise realmente que valha a pena fazermos alguma coisa, não é?

    Vamos esperar? Ou vamos fazer alguma coisa?

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