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Argentina: Governo fecha exportações de carne

Finalmente as ameaças do ministro do Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, se tornaram realidade: a partir de sábado passado, o Governo nacional fechou por tempo indeterminado as exportações de cortes frescos bovinos com exceção dos cortes Hilton, diante do salto dos preços locais, e está conversando com produtores para chegar a um novo acordo sobre o tema.

Finalmente as ameaças do ministro do Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, se tornaram realidade: a partir de sábado passado, o Governo nacional fechou por tempo indeterminado as exportações de cortes frescos bovinos com exceção dos cortes Hilton, diante do salto dos preços locais, e está conversando com produtores para chegar a um novo acordo sobre o tema.

A ordem de não permitir exportações foi comunicada por meio de um documento enviado aos principais frigoríficos exportadores por parte da Aduana, onde consta que, desde 12 de março, ficarão em suspenso os envios de carne fresca ao exterior (inclusive daqueles que dispõem de autorizações oficiais correspondentes).

A determinação, com data de 12 de março, começou a funcionar de forma efetiva a partir de sábado, quando funcionários da Aduana bloquearam a saída de embarques de cortes frescos que estavam prontos para serem despachados.

A nova medida contempla todos os envios de cortes frescos (resfriados e congelados) não Hilton. A medida não se aplica no caso de miúdos e produtos termoprocessados.

Atualmente, existem pelo menos cinco envios bloqueados que tenham autorização prévia para ser despachados pelo Aeroporto Internacional de Ezeiza e outro número similar de embarques que permanecem demorados no porto da cidade de Buenos Aires. Além disso, há caminhões parados nas fronteiras com o Chile que esperam autorização para continuar sua viagem com produtos bovinos.

Nesta terça-feira, os principais exportadores foram convocados para se reunir com o secretário de Comércio Doméstico, Guillermo Moreno, principal autoridade do governo para o controle dos preços. Segundo um executivo envolvido nas conversas, o governo argentino está considerando reabrir as exportações para outros cortes de alta qualidade, se houver um acordo para os preços.

Os fazendeiros reclamam que os limites de exportação atrapalham a produção. O presidente da Sociedade Rural Argentina, Hugo Biolcati, afirmou em programa de rádio que “há muita teimosia e uma visão estreita” por parte do governo. “Isso já foi feito em 2006 e não funcionou.”

A primeira vez que o Governo da Argentina aplicou um fechamento direto de embarques de produtos de carne bovina foi em 2006. Desde então, as restrições às exportações de carne bovina são reguladas pelos Registros de Operações de Exportação (ROEs), liberados ou não pela Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA).

Em janeiro de 2010, segundo os últimos dados oficiais dos registros do Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), as exportações de cortes frescos bovinos não Hilton foram de 20.592 toneladas contra 25.805 toneladas em dezembro de 2009 e 35.952 toneladas em novembro do ano passado.

As informações são do Infocampo e da Agência Estado, traduzidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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