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Argentina define um plano para exportar carnes

Após a recuperação sanitária da Argentina, a cadeia de produção pecuária quer potencializar os benefícios da desvalorização da moeda do país. Representantes de diferentes províncias produtoras argentinas reuniram-se na semana passada, em Rosário, para discutir as normas do Instituto de Promoção da Carne, um órgão destinado a promover as exportações dos produtos pecuários.

Um dos assuntos discutidos no encontro foi quais serão as três províncias que representarão as demais na condução do órgão, além de estabelecer a estratégia que será levada adiante com o objetivo de aproveitar os benefícios da desvalorização e da reabertura de mercados. Representantes das províncias de São Luis, Corrientes, Entre Ríos, Chaco, Santa Fé e Buenos Aires reuniram-se na quinta-feira passada, na sede da Associação dos Produtores de Carne Bovina Argentina (Aprocaboa), para discutir os procedimentos que deverão ser seguidos pelo Instituto de Promoção das Carnes – que foi criado em novembro de 2001, quando a lei que determinou sua criação foi sancionada.

A entidade, que reúne o Estado e o setor privado, é vista pelo setor pecuário como uma ferramenta importante para o desenvolvimento comercial, principalmente após o fim do embargo à carne argentina determinado por vários países.

Várias estimativas feitas pelo setor privado determinam que o potencial de exportação do setor de carnes da Argentina em 2002 é de US$ 500 milhões. Após a reabertura do mercado europeu às suas carnes, os frigoríficos argentinos exportadores beneficiaram-se com o acesso a países como Israel, Vietnã, Brasil e, em breve, Chile.

A indústria frigorífica argentina reincorporou, nos últimos meses, cerca de 2 mil trabalhadores dispensados devido à crise da aftosa. Esta indústria está aumentando sua participação nos mercados, como no Brasil, onde os pecuaristas locais já começaram a pedir a restrição da entrada de cortes argentinos.

A situação do setor

Quando os representantes das diferentes regiões produtoras da Argentina foram consultados sobre a situação da atividade em cada região, os membros mostraram-se confiantes de que está ocorrendo um maior movimento, mas também enfatizaram que ainda há muito para ser feito.

As exportações argentinas de carne ficaram paradas por mais de um ano, o que obrigou a alterações em relação à produção e à comercialização de gado, sendo que, agora, uma nova adaptação deve ser feita neste mercado.

Apesar de ter havido um aumento no preço do gado, faltam animais com destino à exportação. Segundo o diretor de Pecuária e Mercados de Buenos Aires, Juan Carlos Reina, nesta Província estão sendo feitas algumas adaptações para a exportação de carnes. “No caso da região de Salado, que era uma zona de cria, hoje, com um tratamento das pastagens, estão sendo agregados recria e invernada. Inclusive, há vários corredores de produção orgânica”. Porém, apesar disso, Reina destacou que não será possível cumprir com a demanda externa em curto prazo, porque há ciclos biológicos de produção que têm que ser respeitados.

Fonte: E-campo, adaptado por Equipe BeefPoint

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