Mercado Físico da Vaca – 31/08/09
31 de agosto de 2009
Mercados Futuros – 01/09/09
2 de setembro de 2009

Argentina: comércio de gado e grãos está quase parado

Os leilões de gado e os mercados de grãos estavam quase paralisados na Argentina na segunda-feira, enquanto os agricultores recusavam-se a vender seus produtos no quarto dia de protesto contra a política agrícola do governo. Os fazendeiros afirmam que as medidas emergenciais do governo para ajudá-los a enfrentar a estiagem foram insuficientes ou implementadas de forma inapropriada.

Os leilões de gado e os mercados de grãos estavam quase paralisados na Argentina na segunda-feira, enquanto os agricultores recusavam-se a vender seus produtos no quarto dia de protesto contra a política agrícola do governo.

A nova rodada de protestos foi deflagrada pelo veto da presidente a uma parte da lei de auxílio para casos de seca. Uma grave seca em boa parte das áreas agrícolas da Argentina afetou a colheita de trigo e a semeadura e aumentou ainda mais a revolta contra a política do governo.

A greve comercial contra as taxas de exportação, os programas emergenciais e outras questões reviveram um conflito amargo entre os fazendeiros e o governo que paralisou os mercados locais durante meses em 2008, no país que é um dos maiores fornecedores mundiais de carne, soja e milho.

Na última segunda-feira, apenas 33 animais chegaram ao mercado de gado de Liniers, em comparação com os quase 3 mil animais no mesmo dia da semana passada. Não se esperava o comércio de milho, soja, trigo, outros grãos e sementes oleoginosas nas bolsas argentinas, onde moinhos, processadores, trituradores e transportadoras obtêm seus suprimentos.

Os fazendeiros afirmaram que o conflito prolongado afetou profundamente a indústria agrícola do país. “As fábricas de máquinas agrícolas estão fechadas, os caminhoneiros esperam para ver se arrumam um trabalho e os trabalhadores rurais estão sem ocupação”, disse Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária Argentina (FAA).

“É assim que a agricultura da Argentina fica sob os Kirchners”, acrescentou ele, referindo-se à presidente Cristina Kirchner e ao seu marido e antecessor, Néstor Kirchner. A paralisação está prevista para prosseguir até sexta-feira, mas alguns líderes rurais afirmam que ela pode se estender por mais quatro dias.

Os fazendeiros afirmam que as medidas emergenciais do governo para ajudá-los a enfrentar a estiagem foram insuficientes ou implementadas de forma inapropriada.

A reportagem é da Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Edival Costa Oliveira disse:

    Fico orgulhoso pela atitude dos argentinos, em protesto contra as medidas dos seus govenantes, se os produtores brasileiro fizesse ao menos as mesmas paralizações os nossos governantes tomava uma atitude sobre essa alta carga tributária que enfrentamos e muitos prefere sonegar do que a fazer um protesto que seria justo e limpo.

plugins premium WordPress