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ARG: frigoríficos investem na ampliação da produção

Após um decreto obrigando os frigoríficos a comprovar a existência de mercadoria suficiente para destinar a maior parte (75%) da capacidade de estoque ao mercado interno, os frigoríficos brasileiros trabalham para aumentar a produção na Argentina. JBS-Friboi e Marfrig estão investindo no aumento da capacidade de fabricação de produtos de maior valor agregado visando o mercado externo - termoprocessados no caso da JBS e hambúrgueres e salsichas no do Marfrig.

Após um decreto obrigando os frigoríficos a comprovar a existência de mercadoria suficiente para destinar a maior parte (75%) da capacidade de estoque ao mercado interno, os frigoríficos brasileiros trabalham para aumentar a produção na Argentina. Isto porque a exportação está limitada ao que exceder este percentual.

JBS-Friboi e Marfrig estão investindo no aumento da capacidade de fabricação de produtos de maior valor agregado visando o mercado externo – termoprocessados no caso da JBS e hambúrgueres e salsichas no do Marfrig.

Os planos de atingir o mercado internacional através da Argentina, que tem 28 mil toneladas anuais na Cota Hilton – cotada a US$ 21 mil a tonelada, foram por água abaixo com as restrições impostas pelo governo para segurar a inflação no mercado interno, onde há um rígido controle de preços para 13 cortes mais populares.

As exportações sempre foram uma forma de compensar a baixa rentabilidade das vendas domésticas e o primeiro semestre não foi fácil para a indústria. Além dos bloqueios às vendas externas, eles foram atingidos pela paralisação dos agricultores e pecuaristas dos país, que durou 101 dias.

A Quickfood, principal empresa do grupo Marfrig, perdeu 15% em abate. A JBS já havia anunciado prejuízo de R$ 6,6 milhões no primeiro trimestre.

Para driblar a crise, o Marfrig programou para os próximos meses um investimento de US$ 20 milhões em projetos para expandir capacidade de produção, eficiência e desenvolvimento de novos produtos. Do total, US$ 5 milhões serão destinados à elevação de produção de hambúrgueres em 50%, para 3,75 mil toneladas de hambúrgueres por mês.

Com o conflito aparentemente perto do fim, o JBS Swift espera recuperar as perdas do primeiro semestre com a venda de carnes termoprocessadas, que representam 40% de sua produção no país. A Swift destinava 80% da produção ao mercado externo em 2005, hoje já mudou a relação para 60%-40%, e até o fim do ano chegará a 50%-50%. O grupo está investindo US$ 32 milhões para ampliar a produção.

As informações são de Janes Rocha, do Valor Econômico.

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