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Após 10 anos, rebanho canadense pode voltar a crescer, graças a alta demanda de exportação

A tendência de queda do rebanho bovino canadense, que acontece desde julho de 2005, está começando a se reverter à medida que a demanda por carne bovina em outros países está motivando os produtores canadenses a reter novilhas e a aumentar os números.

Os altos custos dos alimentos, as mudanças nos padrões climáticos e o mercado internacional fraco para a carne canadense, vivenciados em meados de 2005, forçaram os pecuaristas do país a deixarem a atividade pecuária, sendo que no período de 2006 a 2011.

Entretanto, atualmente, os altos preços da carne bovina e a maior demanda externa estão inspirando os pecuaristas a aumentar seus rebanhos, que estão 20% menores do que eram há oito anos.

Segundo a analista de pesquisas do CanFax, Brenna Grant, a tendência é que os produtores de gado do Canadá aumentem seus rebanhos em 2% até 2015.  Com base no relatório de agosto, deste ano, houve um aumento de 0,1% no rebanho bovino do país, que apresentou um total de 13,5 milhões de animais, em julho. Esta mudança marca o primeiro aumento anual em oito anos.

A demanda de exportação tem sido impulsionada principalmente pela crescente demanda por carne bovina na China e no Japão. Os produtos demandados incluem cortes de carne bovina que são altamente considerados nos mercados externos, mas menos desejáveis na América do Norte. Para aumentar as exportações futuras de carne bovina, os números em curto prazo cairão, à medida que os produtores reterão as novilhas e aumentarão a produção. Assim, maiores exportações de carne bovina podem não ser observadas até dois ou três anos a partir de agora.

Grant ainda complementa, que o censo agrícola nos mostrou que quase 25% dos produtores deixaram a indústria de carne bovina de 2006 a 2011 e isto é muito substancial, pois agora a indústria de carne bovina do Canadá é muito menor do que era há 10 anos.

A demanda de exportação e os altos preços do gado e da carne beneficiaram os produtores dos Estados Unidos também. Darrell Peel, da Oklahoma State University Extension, salienta que a alta taxa de abates de vacas resultou em reduções no rebanho bovino dos Estados Unidos. Além do mais, os produtores de cria tiveram um incentivo para reconstruir seus rebanhos e que a retenção de novilhas acelerará nesse outono. De acordo com a análise semanal do mercado pecuário de Peel, um crescimento de 2% no rebanho de corte é possível em 2014, com outros 2-3% em 2015, à medida que as condições de seca continuam moderadas.

 Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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