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APAS apresenta pesquisa inédita sobre setor supermercadista e tendências do consumidor

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) apresentou nesta segunda-feira uma pesquisa inédita sobre o setor supermercadista, apontando as tendências do consumidor brasileiro. O levantamento foi realizado em parceria com a Nielsen e Kantar Worldpanel.

A inflação continua a pautar o comportamento do consumidor, enquanto que as altas no custo da energia, o clima de seca e o dólar impactaram diretamente no custo de alguns produtos. “Dentro dos últimos 12 meses, tivemos um aumento de 7% no Índice de Preços do Supermercado (IPS)”, diz o gerente de Economia e Pesquisa APAS, Rodrigo Mariano.

Para proteger seu poder de compra, o consumidor adota novos hábitos de consumo, tais como abrir mão de alguns gastos, como, por exemplo, comer fora de casa. Treze por cento dos consumidores disseram ter reduzido gastos com isso. Outras atitudes também refletem o impacto da racionalização, uma vez que 64% dos brasileiros afirmam que diminuem o lazer fora de casa para economizar.

Segundo o diretor da Nielsen, Olegário Araújo, o desafio das famílias é preservar o bem-estar conquistado ao longo dos anos e, para evitar gastos, voltam a usar estratégias de períodos de preços altos, como compras do mês, quando levam mais itens, compatibilizando os gastos obrigatórios.

“As famílias estão diversificando os canais e comprando em mais locais, porém, tem diminuído suas ida ao ponto de venda (PDV). Aqueda da frequência foi de 9,5% e o reflexo direto disso é o aumento do ticket médio, que ficou 20,8% maior”.

Com a queda de 4,7%, os lares reduziram, em média, nove visitas ao PDV nos últimos 5 anos, contabilizando mais de 350 milhões de visitas a menos. O consumidor está buscando cada vez mais alternativas para um preço mais atraente, com destaque para o nível socioeconômico alto, ou seja, as classes A e B têm sentido mais essas mudanças.

Mesmo com alguns preços mais altos, o carrinho do brasileiro não diminuiu. A prioridade, principalmente entre as classes médias e baixas, ainda é a mesa farta. O dado mais significativo disso é que 70% das ocasiões de compra são de abastecimento ou reposição.

Nesse contexto, alimentos saudáveis se destacam e crescem acima da média. De acordo com os dados, 32% dos brasileiros afirmam que saúde e qualidade de vida são as maiores preocupações.

Outra constatação que a Pesquisa observou foi que alimentos perecíveis e líquidos ganham importância na cesta do brasileiro frente a outros departamentos. A análise notou ainda um crescimento de 41% da importância de produtos de açougue e hortifrúti.

O crescimento do setor supermercadista é puxado pelo interior. De acordo com Olegário Araújo, o horizonte de bons negócios está fora das grandes capitais, pois o segmento cresce duas vezes mais no interior do que nas grandes cidades. Para se ter uma ideia, 70% da demanda é atendida por supermercados. “O interior cresce mais porque estamos vivendo uma desconcentração da economia”.

Fonte: Apas, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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