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AP livre de febre aftosa atrai investimentos de produtores de olho na exportação

As ações de defesa sanitária que renderam ao Amapá o status de zona livre de aftosa com vacinação, vem abrindo os olhos de produtores e empresários locais para a ampliação de investimentos no setor, para alcançar os mercados nacional e internacional.

Para isso, o foco é aumentar a produção atual, que é de 340 mil cabeças, para pelo menos 900 mil, número necessário para começar a disputar uma fatia da exportação, segundo a Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro).

De olho no futuro, um grupo de criadores locais está se organizando para implementar, em 3 anos, uma nova planta frigorífica com capacidade para fazer a exportação de carne a partir do Amapá. O investimento para a instalação gira em torno de R$ 32 milhões e pode gerar mais de 300 empregos diretos, informou o diretor-presidente da Diagro, Renato Ribeiro.

“Com uma planta frigorífica dentro dos parâmetros de exportação, o estado tem seguramente condições de trabalhar com o mercado externo. Os empresários terão que aumentar a produção e fazer aquisição de cabeças de outros estados, mas, há uma atração grande para viabilizar como entreposto de carne para outros países. Os investimentos estão acontecendo”, explicou.

De acordo com Ribeiro, existem 3.041 propriedades no estado e 2.141 produtores. Das 340 mil cabeças de animais, quase 90% são de bubalinos, a segunda maior criação do país, ficando atrás do Pará. São 286.375 búfalos e 53.852 bovinos, conforme a última contagem da Diagro, de dezembro de 2017.

Com o controle sanitário certificado, o produtor Jesus Pontes, que vem de uma geração de criadores, começou a apostar no aumento do rebanho nas propriedades dele e está investindo auto em aplicação de novas tecnologias.

“Com apoio da Embrapa e de outros órgãos vamos implementar um projeto-piloto de criação de búfalos em cerrado. A fórmula é aumentar a quantidade de bubalinos por hectare. A criação normal é de 1 animal por hectares, com essa estratégia, vai passar para 3 animais por hectare”.

De acordo com Pontes, toda a carne produzida no estado é vendida internamente. Ele ressalta que o Amapá superou um problema que durava 50 anos, em menos de um ano e comemora o fato das terras terem valorizado cerca de 15%.

“É um novo momento da pecuária e do agronegócio no estado. Vamos poder gerar mais emprego e renda dentro das nossas ropriedades e trazer mais divisas do mercado internacional. Nossos animais têm muita qualidade”, falou.

Fonte: G1, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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