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Ao contrário de Bolsonaro, Zema diz que manterá união de Ambiente e Agricultura

O governador eleito em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta segunda-feira (5), quando se completam três anos do desastre da Samarco, que a princípio pretende manter a união das secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente no estado.

O governador eleito em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta segunda-feira (5), quando se completam três anos do desastre da Samarco, que a princípio pretende manter a união das secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente no estado.

Zema disse, porém, que está sujeito a reanalisar a união caso fique provado que possa haver alguma perda.

“Foi um estudo preliminar que indica que é viável [a união]. Todo país desenvolvido que nós analisamos tem a secretaria de Agricultura e do Meio Ambiente numa mesma pasta”, afirmou.

Segundo Zema, a junção é viável desde que se mantenha a independência técnica do Meio Ambiente.

“A secretaria do Meio Ambiente vai ser preservada de forma intacta, só estaria subordinada ao secretário que vai estar lidando com essas duas áreas, então não haveria perda nenhuma do nosso ponto de vista”, completou.

“Vamos ter todo critério para que ninguém se sinta prejudicado ou algum setor venha a se sentir afetado”, afirmou o governador eleito.”

Questionado sobre como fará a gestão ambiental no governo, Zema disse que pretende agilizar licenças de mineradoras.

“Continuar com a legislação ambiental bastante rígida, que olhe os interesses do Meio Ambiente, mas com uma secretaria mais técnica do que política”, disse. “É possível conciliar desenvolvimento com preservação.”

A unificação das pastas era uma promessa de campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) —candidato apoiado por Zema durante a eleição.

Bolsonaro, no entanto, recuou da ideia em 1º de novembro quando disse que “pelo que tudo indica”, os ministérios do Meio Ambiente e Agricultura permanecerão separados, e que a pasta ambiental será comandada por alguém que não seja “xiita” na defesa do ambiente.

O aceno para um recuo já havia sido feito no dia 31 de outubro por Luiz Antônio Nabhan Garcia, presidente da UDR (União Democrática Ruralista). Segundo ele, a questão só será definida “ao longo de muita conversa”. ​

Antes da eleição, Nabhan Garcia, após reunião com Bolsonaro e ruralistas, já havia falado sobre uma possibilidade de rever a decisão da fusão. A fala, contudo, foi contestada Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, que negou recuos em relação ao tema.

A afirmação de Bolsonaro ocorre após críticas dos atuais ministros do Meio Ambiente, Edson Duarte, e da Agricultura, Blairo Maggi. A ideia também recebeu oposição de oito ex-ministros do Meio Ambiente, de ambientalistas e de setores do agronegócio.

Fonte: Folha de São Paulo.

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