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Antonio Cabistani: com o avanço da agricultura, o maior desafio da pecuária de corte do RS é verticalizar a produção

No dia 5 de abril foi realizado o Beef Summit Sul, em Porto Alegre – RS. O evento foi organizado pelo BeefPoint, em parceria com a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). O Beef Summit Sul reuniu nomes de sucesso do agronegócio para discutir e debater os rumos da pecuária de corte no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

No dia do evento, o BeefPoint homenageou as pessoas que fazem a diferença na pecuária de corte no Sul do Brasil através de um prêmio. Houve vários finalistas, em 19 categorias diferentes.

Os nomes foram indicados pelo público; em uma primeira etapa, através de um formulário divulgado pelo BeefPoint. Na segunda etapa, o público escolheu através de votação, o vencedor de cada categoria. Para conhecer melhor essas pessoas, o BeefPoint preparou uma entrevista com cada um deles.

Confira abaixo, a entrevista com Antonio Cabistani, um dos indicados ao Prêmio BeefPoint Edição Sul, na categoria Profissional – genética, melhoramento e reprodução.

Antonio Cabistani

Antonio Carlos Olabarriaga Cabistani mora em Uruguaiana – RS. É formado em medicina veterinária pela PUC/RS (1987). Foi professor nesta universidade entre 1990 e 1994 nas disciplinas de Biotecnologia da Reprodução e Fisiopatologia da Reprodução, no curso de medicina veterinária e Técnicas de Inseminação no curso de zootecnia.

Fundou a CORT Genética Brasil em 1991, empresa de multiplicação genética bovina e ovina 100% brasileira.

Exerce atividades profissionais como consultor e executor de programas de melhoramento genético na Argentina, Uruguai e Paraguai há vários anos.

BeefPoint: Qual o maior desafio da pecuária de corte do sul do Brasil hoje?

Antonio Cabistani: Verticalizar a produção, pois a agricultura está aumentando sua área física e não há outra alternativa.

BeefPoint: Qual o exemplo de pecuária do futuro no sul do Brasil hoje? Quem você admira por fazer um excelente trabalho?

Antonio Cabistani: Agropecuária Santa Ana, Miguel Augusto Silva Barbará.

BeefPoint: Como podemos vender a carne do sul do Brasil de forma diferente e especial, em outras regiões do Brasil e no exterior?

Antonio Cabistani: Informando ao consumidor final sobre a qualidade desta carne no que se refere ao sabor, maciez, suculência, idade dos animais abatidos, genética e criatório.

BeefPoint: Qual inovação / novidade na pecuária de corte você mais gostou dos últimos anos? O que estamos precisando em inovação?

Antonio Cabistani: Os marcadores moleculares sem sombra de dúvida; estamos necessitando colocar esta ferramenta em uso imediatamente.

BeefPoint: O que o setor poderia / deveria fazer para aumentar sua competitividade no sul do Brasil?

Antonio Cabistani: Utilizar o potencial genético que possui através das raças aqui estabelecidas e adaptadas para acelerar o processo de produtividade. Por exemplo, diminuir a recria e acelerar a terminação.

BeefPoint: O que você implementou de diferente na sua atividade em 2012?

Antonio Cabistani: Conseguimos nos habilitar frente ao MAPA e ao ICA (ministério colombiano) para introduzir genética nacional naquele país.

BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Antonio Cabistani: Realizamos uma maior divulgação do nosso trabalho, isto nos deu maior visibilidade.

BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E porque?

Antonio Cabistani: Pretendemos nos empenhar em trabalhos técnicos científicos em convênio com entidades reconhecidas para formação e tecnificação de mão de obra e também no aperfeiçoamento da multiplicação de fêmeas de alto valor genético, porque penso que são dois gargalos que temos que buscar soluções o mais rápido possível pois só assim conseguiremos evoluir no nosso segmento.

BeefPoint: Qual sua mensagem para os pecuaristas?

Antonio Cabistani: Invistam em pessoas qualificadas, preparadas e éticas; que o sucesso estará garantido.

BeefPoint: Qual sua mensagem para a indústria frigorífica e varejo?

Antonio Cabistani: Mantenham uma política de qualidade, pois o consumidor está mudando seu conceito e não esqueçam de remunerar de forma justa o produtor competente.

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