A implementação do que aprendi mudou minha convivência com meu pai para melhor
7 de outubro de 2019
Fiscais agropecuários coletam amostras para estudo sobre a febre aftosa
8 de outubro de 2019

Ano adverso para venda de máquinas

As vendas de máquinas agrícolas até deram sinais de recuperação em setembro, mas permaneceram em patamar relativamente baixo e geraram uma forte piora nas perspectivas para o acumulado do ano. Segundo dados divulgados na manhã de ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), somaram 4.656 unidades no mês, 11,4% mais que em agosto mas ainda 5,2% menos que em setembro de 2018 – o total inclui máquinas rodoviárias, que representam menos de 5%.

A queda na comparação interanual ainda reflete a escassez de crédito entre o fim do primeiro semestre do ano e o início do segundo nas linhas do Moderfrota, alimentadas com recursos do BNDES e com juros subsidiados, e o fato de essas linhas – as mais demandadas pelos produtores para a compra de tratores e colheitadeiras – estarem com taxas mais elevadas nesta temporada 2019/20, que teve início no dia 1º de julho. Nesse cenário, de janeiro a setembro as vendas totalizaram 32.584 unidades, uma redução de 5,7% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Diante desse quadro, a Anfavea revisou para baixo, de forma expressiva, sua estimativa para a comercialização no acumulado do ano. Se no início do ano projetava aumento de quase 11% – de 47,8 mil unidades, em 2018, para 53 mil em 2019 -, passou a estimar, agora, uma queda de 3,8%, para cerca de 46 mil unidades.

A relativa fraqueza das vendas continua a ter reflexos negativos sobre a produção. De acordo com a Anfavea, foram montadas no país 4.797 máquinas agrícolas e rodoviárias em setembro, 14,2% menos que em agosto e quantidade 16,6% menor que em setembro de 2018. De janeiro a setembro foram 41.265 unidades, queda de 10,6% na comparação com igual intervalo do ano passado. Para a produção, a Anfavea reduziu sua previsão para o acumulado do ano para 60 mil unidades, ante as 66 mil estimadas no início do ano e as 65,7 mil de 2018.

As exportações continuam não colaborando para os resultados do segmento, ainda prejudicadas pela baixa demanda da Argentina. Em setembro, atingiram 965 unidades, com retrações de 19,7% ante agosto e de 11,6% sobre setembro de 2018. De janeiro a setembro chegaram a 9.679 unidades, uma queda de 0,4%. No ano, deverão atingir 13 mil unidades.

O número de empregos no setor ficou em 19.581 em setembro, ante 19.597 em setembro de 2018.

As informações são do Valor Econômico.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress