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André Dayan compara a pecuária brasileira com a australiana

André Dayan é Médico Veterinário, sócio e diretor da Vitrogen, empresa que atua há 10 anos no setor de biotecnologias de reprodução animal. Em entrevista concedida ao BeefPoint ele compara aspectos da pecuária brasileira com a australiana. "Os pecuaristas australianos fazem contas, analisam detalhadamente seus negócios e são unidos como classe, diferentemente do Brasil", comenta Dayan.

André Dayan é Médico Veterinário, sócio e diretor da Vitrogen. À frente da empresa já foi premiado como Empreendedor Endeavor e recebeu o troféu “Empreendedor do Ano” pela Ernst & Young.

BeefPoint: Qual a principal diferença entre a pecuária australiana da brasileira, na sua opinião?

André Dayan: A pecuária australiana é muito diferente da brasileira em muitos aspectos. Primeiro que a qualidade média do gado australiano é muito superior a brasileira, e apesar de possuírem um clima muito seco e quente na maior parte do ano, eles trabalham muito mais as raças taurinas do que nós brasileiros. Muitos utilizam suplementação de grãos para a terminação dos animais. As extensões de terra são muito grandes e a concentração animal pode chegar a 1 cabeça para até 10 ou 20 hectares. Eles não tem gado Nelore, nem na Austrália e nem nos países vizinhos. Por outro lado a mão de obra neste país é tão cara (podendo chegar a 150 dólares diários a um peão) que o manejo é feito em sua maioria em motos, “quadriciclos” ou helicópteros (e isso não é um mito, usam muito os helicópteros para juntar o rebanho).

Já a pecuária de elite é muito diferente do Brasil, no sentido que eles se atém muito mais aos números do que apenas ao fenótipo. Os preços são muito mais compatíveis com o incremento na produção de carne que esta nova genética vai agregar. Assim, não existem animais tão valiosos como no Brasil.

BeefPoint: O que o Brasil pode (e deve) aprender com a cadeia da carne australiana?

André Dayan: Os australianos tem um problema sério, custo de produção deles é extremamente superior ao custo brasileiro. Seja pelo custo da suplementação nutricional aos animais, seja pela mão de obra, ou pelo alto custo das benfeitorias. Desta forma eles se preocupam muito com a produtividade de suas criações. Os pecuaristas australianos fazem contas, analisam detalhadamente seus negócios e são unidos como classe, diferentemente do Brasil. Meu sentimento é que na Austrália, os pecuaristas mandam mais do que os frigoríficos, coisa que é inversa no Brasil.

Enfim, o que se nota é que na Austrália a pecuária é vista de uma forma mais empresarial, enquanto no Brasil a pecuária tem um aspecto muito mais artesanal.

BeefPoint: Qual (ou quais) a principal vantagem e desvantagem (se houver) de ser brasileiro e atuar na pecuária australiana, como você faz hoje?

André Dayan: Não sei se existem vantagens ou desvantagens em ser brasileiro na Austrália. Mas os principais pontos positivos são a versatilidade que temos como brasileiros, e que os australianos não tem. Muitas vezes se impressionam com a forma de pensar dos brasileiros.

Por outro lado, os aspectos negativos são muitos. Eles são demasiadamente conservadores, muito cautelosos, não são tão vaidosos quanto a sua pecuária e não correm riscos como nós corremos aqui. Na Austrália não existe o “jeitinho brasileiro”, não existe evasão fiscal, não existe corrupção e isso as vezes dificulta aos brasileiros que se aventuram por aqueles lados, porque as regras do jogo são totalmente diferentes. A distância é enorme, a dificuldade de adaptação é grande, os investimentos e os riscos são altos. É um mercado interessante para se conhecer, mas muito difícil de penetrar e se adaptar.

Sobre a Vitrogen

A Vitrogen atua há 10 anos no setor de biotecnologias de reprodução animal no Brasil. A empresa presta serviços na área de aspiração folicular (OPU), fecundação in vitro, análises de DNA, clonagem, estocagem de célula e DNA, IA e TE em ovinos. No Brasil o Grupo Vitrogen possui laboratórios instalados em Cravinhos (São Paulo), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Uberaba (Minas Gerais), Morrinhos (Goiás), Araguaína (Tocantins), Salvador (Bahia) e Santa Inês (Maranhão). Essas unidades estão fixadas em regiões estratégicas, com amplo raio de atuação, atendendo criadores com propriedades nos mais importantes centros pecuários do país. A Vitrogen iniciou sua expansão internacional em 2004 com a inauguração da primeira unidade da empresa na Colômbia. A Vitrogen também possui unidades na Venezuela, Uruguai, México e Austrália.

Por favor, indique outras pessoas que você gostaria que fossem entrevistadas pelo BeefPoint. Utilize o box de cartas do leitor, abaixo.

0 Comments

  1. Carlos Alberto Ribeiro Campos Gradim disse:

    Excelente entrevista, curta mas densa em informações importantes e úteis.

    Deixa claríssimas as diferenças culturais e funciona como alerta à tentação de exportar o “jeitinho brasileiro”, que na grande maioria das vezes não leva a nada a não ser problemas. Só escorrega ao colocar as relações na cadeia em termos de “quem manda mais” aqui e lá – este tipo de visão adversarial é o que tem mantido a cadeia da carne bovina em um estágio de articulação competitiva menos desenvolvido que o das similares de aves e suínos.

    Vamos nos unir para mudar isto por bem, ou a crise atual o fará por mal.

  2. ANDRÉ DOS SANTOS SILVA disse:

    Está mais que na hora de arregaçar as mangas e fazer valer a pena anos de dedicação à pecuária de corte, não se faz mais negócio com “Grande casa” e serviçais, está na hora do Brasil deixar de lado o artesanal e encarar de vez de forma total em todos os setores da cadeia a estratégia e profissionalização que o setor merece e obriga ser para continuar no topo.

  3. Ricardo Cauduro disse:

    André,

    Ótimo enfoque, principalmente ao tocar em dois pontos que infelizmente nos diferenciam da grande maioria dos pecuarista do “mundo” e como bem salientou, não nos levam a nada, apenas sermos mal vistos internacionalmente.

    Corrupção e o tal jeitinho brasileiro, é uma pena.

    Parabéns.

  4. Daniel Furquim disse:

    Muito boa a entrevista do André. Tive a oportunidade de visitar Austrália em dez de 2007 e realmente é isto que acontece por lá.

    Gostaria somente de lembrar que na Austrália existe sim gado zebu e de muito boa qualidade e quantidade, só que não é a raça Nelore e sim a raça Brahman a qual vem passando por um processo de melhoramento genético adaptado a realidade do país. Podemos ver excelentes exemplares por lá, inclusive a cidade de Rockampton, considerada a capital da carne no país, possui uma estatua imensa de um touro brahmasn na entrada da cidade.

    Basicamente o Brahman é criado na região norte da Austrália onde o clima é seco e as extensões de terra são enormes, inclusive usa-se o Brahman como raça base para cruzamentos com raças taurinas nesta região, para produção de animais meio sangue ou compostos.

    Mas o mais interessante é a forma como a carne do Brahman é trabalhada aumentando muito a maciez e suculencia da carne, fatores estes que se conseguem com genética, castração e terminação em confinamento.

    Conhecemos um grupo frigorifico o qual confina e abate animais brahman puros comerciais e exporta praticamente toda a sua produção para a Coréia. Tomemos isto como exemplo.

    Parabéns pela entrevista André!

  5. Antonio Pereira Lima disse:

    É complicado tentar fazer esta comparação, se aqui dentro do nosso país não existem duas fazendas iguais, imaginem dois países. Como vamos saber se a qualidade média do gado da Austrália é melhor que o nosso se lá não tem zebu, que é a base do nosso plantel, aí é palmerense discutindo com são paulino.

    Outro detalhe que me chamou a atenção é uma cabeça para 20 ha e ainda ter que suplementar com grão para terminar os animais, aqui 20 ha para uma cabeça até capim flecha, nativo do cerrado, engorda usando só sal mineral. Eu fico imaginando, se um peão custa 150 dolares quanto custa um piloto de helicóptero e o helicóptero? Dá para comprar toda a tropa de burro do Mato Grosso do Sul, são realidades incomparáveis, o gado de elite eu vou deixar para o pessoal da elite falar.

    Aqui no Brasil o pecuarista já mandou mais que os frigoríficos, quebraram todos, existem poucos antigos, noutra época os frigoríficos mandaram mais, quebraram muitos pecuaristas, parece que agora estão procurando o ponto de equilibrio. A cadeia é assim cada um manda no seu negócio e respeita o outro, porque todos sabem que o sucesso de um está diretamente ligado no sucesso do outro.

    Se no Brasil que tem produtor tirando mais de 1000 litros de leite e engordando até 80 bois em 20 ha é considerado artesanal, eu não consigo ver o lado empresarial na Austrália, a não ser na tropa que é mais moderna.

    Uma coisa eu tenho certeza os brasileiros que se aventuram por aquelas bandas não eram produtores aqui, porque o produtor rural brasileiro tem o seu jeitinho para produzir muito, ganhar pouco e não desanimar menos para corrupção.

    Um Abraço

  6. Eduardo da Rocha Leão disse:

    Gostaria de dar os parabéns ao André e aos demais depoentes.

    Acredito que uma aproximação maior entre os pecuaristas de nosso país com os da Austrália seria de mútua relevância, agregando conhecimentos e estratégias comerciais valiosos à ambos.

    Como fundador da raça Blonel, o sintético do Blonde D´Aquitaine com o Nelore, tive oportunidade de apresenta-la aos australianos quando lá morei por uns tempos com minha família e pude sentir pessoalmente o grande interesse despertado por esta mais nova genética que, para orgulho de nosso país, é genuinamente brasileira.

    Pena que as barreiras sanitárias ainda são os principais entraves para um pleno intercâmbio entre nós, assim como com os Estados Unidos, que através da “University of Illinois” acabaram de realizar na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, um importante trabalho técnico, comprovando a superioridade dos filhos de touros Blonel em até 22% sobre os de sua própria raça-base, o Nelore, estando os resultados publicados no site da Associação: http://www.blonel.org.br, para quem se interessar por mais detalhes.

    Um forte abraço à todos e novamente parabéns ao André !

  7. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro André Dayan,

    Excelente a sua entrevista, entretanto, melhor ainda o comentário do Antonio Pereira Lima.

    O nosso rebanho é muito maior que o da Austrália, o nosso pecuarista é mais competente (além de lutar contra as peculiariedades regionais ainda é obrigado a enfrentar algumas politicas governamentais, diferentemente do australiano que tem todo o apoio do governo) e a nossa produtividade/ha é bem melhor (pelo seu depoimento se percebe este fato).

    Com relação aos helicópteros o fato é interessante, aqui no Pará os fazendeiros do Marajó usam helicópteros e ultraleves apenas para caçar ladrões de gado ou localizar rebanhos roubados.

    Com relação à exportação de boi vivo, os exportadores associados à Associação Brasileira de Exportadores de Gado – ABEG (responsáveis por 97% de nossa exportação), desenvolveram tecnologia superior às da Austrália nas fazendas de pré-embarque, que utilizam confinamento coberto e currais anti-estresse, chegando, inclusive a possuir estação de tratamento dos dejetos bovinos para não agredir o meio ambiente.

    Parabéns André, pela sua entrevista.

  8. Martinho Mello de Oliveira disse:

    Fica evidente a grande dicotomia entre produtores brasileiros e australianos nessa contextualização feita pelo André Dayan.

    Lá as propriedades são enormes, parece que as pequenas e medias propriedades não têm viabilidade.

    Aqui fazendas com uma cabeça por 20 ha, são consideradas improdutivas e passíveis de reforma agrária.

    Parece que em termos de produtividade o brasileiro, na média, sai muito na frente do australiano. Também concordo com as ponderações feitas pelo meu conterrâneo Antônio Pereira Lima, muito bem enfocadas.

  9. Louis Pascal de Geer disse:

    Prezado André Dayan,

    Parabens pela entrevista e sempre é bom ver a realidade em outros continentes. Posso afirmar que muitos dos australianos que visitam o Brasil ficam literalmente babando vendo a nossa agua, regime de chuvas, as pastagens e a capacidade dos nossos peões de lidar com o gado em fazendas grandes e eles chegam rapidamente à conclusão que caso o Brasil realmente se dedicar ao profissionalismo e usar o conhecimento existente no país em larga escala a Australia não tem como competir com a gente.

    Lá dependem muito da exportação para sobreviver enquanto nós temos um mercado interno enorme a satisfazer. Não trocaria o Brasil pela Australia, mas é muito bom ler o que podemos e devemos melhorar aqui no Brasil.

    Um abraço, Louis

  10. Rafael Henrique Ruzzon Scarpetta disse:

    Parabéns André,

    A aproximadamente 1 mês conheci um Medico Veterinário da Vitrogen, Ricardo, que chegou recentemente da australia e me explicou as mesmas coisas que você disse na entrevista, achei interessante a sua abordagem das realidades australianas, e é importante sabermos como é a pecuária aí fora.

    Só gostaria de acrescentar aqui uma informação a mais, que é o valor que o pecuarista de lá recebe pelo seu produto, que lá não é realizado em @, mas em quilo. Enfim, me corrija se eu estiver errado, mas eles recebem U$3,90 (dólares australianos) por kilo de carne.

    Aí da para tocar gado de helicoptero né?

  11. Thales dos Anjos de Faria Vechiato disse:

    André,

    É extremamente importante a comparação da pecuária nacional com os demais países, pois temos muito o que aprender e ensinar. Devemos tomar por base nosso “segundo colocado” em exportação aprendendo a trabalhar com mais consciência correndo assim menos riscos de produtividade, que aliás, está se tornando-se cada vez mais delicado “se virar nos 30” em relação aos custos de bovinos confinados.

    Sucesso em sua vida!

    Parabéns mais uma vez pelas colocações.

  12. Willy Groot disse:

    Bem interessante esta comparação entre a Austrália e o Brasil, mas dizer que temos uma pecuária artesanal é um ponto controverso, existem muitos pecuaristas sérios que se igualam em tecnologia e determinação alcançando otimos resultados em ambos os países.

    Um dos principais problemas é que o brasileiro, reclama, critica mas não age para encontrar uma melhoria, assim nos deixando desfalcados perante o restante da cadeia produtiva que se aproveita desta desorganização, “a falta de união dos produtores”

    Mas uma das ferramentas que mais valida a pecuária e agricultura na Austrália é mesmo a estrutura familiar que é imposta as empresas em busca de resultados.
    Onde no Brasil não se mostra tão presente, os proprietários moram na cidade onde tem outros empreendimentos, deixando assim para segundo plano suas áreas rurais e não acompanham o dia a dia na fazenda, “o olho do dono que engorda o boi”.

  13. Helvecio Oliveira disse:

    Comentando Antônio Pereira Lima, acima, chamo a atenção para o indexador margem líquida por ha, que pode comparar rentabilidade entre propriedades diferentes. Ainda, pode-se uitilizar o índice retorno sobre o capital semi fixo, que exclui o valor de terra e benfeitorias na análise – esse deixa a possibilidade de excluir-se aberrações de alegorias construídas, comum de ver-se por aqui.

    Ao André um abraço pela entrevista e por repartir um pouco de sua experiência conosco.

  14. Marcelo Ribeiro disse:

    Caro Andre, antes de mais nada parabens para voce e sua equipe que estao fazendo um trabalho totalmente inovador aqui na “Down under”.

    É como se estivesse vendo o que aconteceu no Brasil, quando vocês iniciaram a FIV, mas no caso aqui, com muita consistência, pois os produtores sabem exatamente onde irão chegar.

    Sobre a parte do frigorífico, acho que o fato dos produtores investirem tanto em qualidade da carne que eles produzem (no caso, eles nao produzem cabeças de gado, mas quilos de carne!), isso acaba realmente colocando-as em posição melhor de negociação dos produtos.

    Grande abraço e sucesso.

  15. Sérgio Marchió disse:

    Sendo as extensões de terra assim tão grandes pressupõe se que, tem lá na Austrália, um número menor de produtores e mais fortes o que facilita a associação em luta de seus direitos. Acredito que os milhões de produtores brasileiros muito pulverizados e em grande parte muito pequenos tem mais dificuldade em criar associações fortes.

  16. Leonardo Barros Corso disse:

    Estou morando e trabalhando em fazendas de gado de corte na Asutrália, tenho visto de perto as diferenças nas realidades, uma delas, na minha opinião a principal, é a diferença de custo da mão-de-obra, tanto técnica, veterinária e operacional. Um “peão” ou funcionário geral de fazenda aqui na Austrália custaria em torno de 5000 reais por mês no Brasil. Isso obriga os fazendeiros e suas famílias a tocarem o negócio juntos, ali bem de perto, o que acaba trazendo melhores resultados e um maior controle dos gastos na atividade.
    Comentando e corrigindo Rafael Henrique Ruzzon acima, os pecuaristas têm recebido atualmente AU$3,20 por Quilo de carne, (Mas veja, isso é relacionado a 56% do peso vivo) só é pago o valor de carcaça. o que se formos comparar com os valores em torno de R$100,00 a @ no brasil não é tão diferente. Chegando o pecuarista Brasileiro ser mais bem remunerado em algumas situações!
    Em relação ao uso de Helicopteros pra tocar o gado, é mais economico para os pecuaristas, pois, um helicoptero em uma manhã, pode juntar o gado em que seria preciso muitas pessoas a cavalo ou moto pra fazer em muitos dias. fazendo-se o cálculo, é mais viável alugar-se um helicóptero de diversas empresas especializadas só nisso. O helicoptero é pago por hora, e mais o combustivel, custa em torno de 300 dolares por hora.
    Quanto a qualidade de carne, genética e biotecnologia, o Brasil não está nem um pouco atrás, isso comparando com fazendas (empresas) sérias no Brasil.
    Assim como no Brasil, já vi e presenciei muitos problemas de gerenciamento, falta de informação e formação por aqui, como muito comum no brasil.(isso não é problema exclusivo nosso)! bom saber!

    Estamos em lados opostos do mundo, mas estamos na mesma realidade, temos que lembrar que concorremos pelos mesmos mercados, temos que seguir os bons exemplos.

    Um abraço a todos, Ainda Sonho com um futuro muito melhor para o Brasil

  17. Leonardo Barros Corso disse:

    Para acrescentar, preciso salientar a grande quantidade de Brahman aqui presente na região nordeste da Austrália(maior produtor de carne) são usados pela sua rusticidade, maior resistência a carrapatos, clima e verminoses, exatamente onde o zebu entra no Brasil. O zebu é sim usado na pecuária Australiana, tanto para cruzamento industrial, para aumentar a rusticidade do plantel, como também criado puro, na grande maioria o Brahman vermelho(Red Brahman). Uma curiosidade que ouvi falarem aqui é que os frigoríficos não gostam(pagam menos) se o gado abatido tiver muito Cupim, ou seja muito sangue zebu presente. Isso me deixou surpreso, mas creio que seja uma questão cultural temporária ou de mercado mesmo.

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