Puxada pela bom desempenho das exportações, a demanda por animais terminados, sobretudo rastreados, é grande.
Em geral, pratica-se ágio de R$1,00/@ na compra desse tipo de mercadoria. Em São Paulo, por exemplo, o boi gordo rastreado é negociado a R$62,00/@, a prazo, para descontar o funrural.
Ofertas de compra acima do preço referência pipocam em várias praças. Gado rastreado, na porta da indústria, geralmente vale mais.
As programações de abate variam muito. Atendem 2 a 7, porém, mesmo os mais adiantados já não fecham negócios com facilidade. As compras correm “no pingado”.
Tem chovido bem, mas o déficit hídrico ainda é grande. Com exceção de alguns pontos da região norte, pasto mesmo só daqui 30 a 40 dias (caso o clima siga favorável).
Sem boi de pasto e sem boi de cocho, o cenário aponta preços firmes para o final do ano.
O atacado trabalhou estável ao longo da semana. A sustentação dos preços deve-se também ao avanço das exportações. Internamente, as vendas permanecem fracas.
Quanto ao couro, foram registradas correções positivas de R$0,10/kg em Goiás e São Paulo. O movimento foi possível graças à pressão exercida pelos frigoríficos e às especulações em torno da feira de Bolonha, na Itália.
Na realidade, os negócios permanecem travados e os preços podem voltar a cair caso o resultado do evento italiano não seja positivo.