O mercado físico do boi gordo trabalha em ambiente frouxo. As ofertas de animais terminados se mantêm elevadas, sustentando escalas longas – às vezes superiores a 10 dias – em algumas praças como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Por conta da seca, que castigou boa parte do país, a capacidade de suporte das pastagens já não era boa. Com a chegada do frio, a tendência é que piore. Assim, os frigoríficos não devem enfrentar problemas de abastecimento tão cedo.
Não bastasse a facilidade para aquisição de matéria-prima, o dólar voltou a cair, “beliscando” os R$2,50. O cenário favorece o aumento das pressões baixistas, sendo que, ao longo da última semana, as cotações voltaram a recuar em várias praças, conforme exposto na tabela 1.
Tabela 1. Variações nominais (em R$/@ a prazo) das cotações do boi gordo na última semana
Tabela 2. Variações das cotações do boi gordo em 2005 e comparações em relação a abril/04 – médias mensais em US$/@ a prazo
Por conta disso, a defasagem do Equivalente Físico para a cotação do boi gordo se manteve em 14%. Em 2004 esteve, por várias vezes, mais alta. Porém, ainda é considerada elevada.
Se os frigoríficos ao menos têm trabalhado com uma relação carne/boi estável, para o produtor as relações de troca têm piorado, conforme exposto na tabela 3. Além do aumento dos preços de alguns insumos, o boi despencou.
Tabela 3. Relações de troca em 2005
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Mercado do gado magro com muitas ofertas em Campo Grande – MS.
Fazemos leilões de corte e estamos constatando uma vontade maior de vender que comprar.
O kilo vivo do bezerro que vendíamos a R$ 2,00 ou mais hoje estamos vendendo a R$ 1,70 e o boi que vendíamos a R$ 1,50 hoje vendemos a R$ 1,70 ou mais, portanto o comprador quer gado mais erado.
Segunda, tivemos um leilão com 1.900 reses e hoje (28/4) com 1.350 reses.
Liquidez muito boa, mas preço muito abaixo que o custo.
Abraço.
Cláudio e Nilton
Correia da Costa