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Análise foliar em plantas forrageiras

Um sistema agrícola, no caso pastagens, está sujeito a diferentes formas de adição e retirada de nutrientes. A adição de nutrientes ao sistema pode vir de várias fontes: mineralização da matéria orgânica, da atmosfera, das fezes e urina ou através da adubação. A retirada de nutrientes ocorre das seguintes maneiras: lixiviação, volatilização, fixação por componentes do solo e retirada via produto animal (carne ou leite).

Dessas formas de adição e retirada de nutrientes, a única controlada diretamente pelo homem é a adubação. Portanto, os programas de fertilização de pastagens tentam aplicar a diferença entre a retirada dos nutrientes e a adição desses ao meio. Isso parece simples, porém, outras variáveis podem afetar essa equação, a começar pelas análises de solo, os extratores de nutrientes do solo nem sempre são precisos para determinadas situações. Outras variáveis são as diferentes capacidades e eficiência de extração dos nutrientes do solo pelas diferentes forrageiras. Como exemplo, pode-se citar as plantas eficientes em extração de fósforo, como a braquiária humidícula, o capim jaraguá e o andropogon, que conseguem ter alta produção em solos com baixos níveis de fósforo, onde outras como o colonião não têm muito sucesso.

Na busca pelo aumento da produtividade com a melhoria da eficiência das adubações, os sistemas de produções agrícolas procuram se aperfeiçoar. É neste contexto que se faz uso das análises foliares. Portanto, passamos a ter os seguintes instrumentos na determinação de uma adubação; análise de solo, produtividade esperada e análise foliar. Culturas como soja, cana-de-açúcar e milho já fazem uso desses instrumentos para a determinação do tipo e quantidade de fertilizantes, programas computacionais como o DRIS (Diagnosis and Recommendation Integrated System) são cada vez mais usados, e o resultado dessa técnica e a redução dos custos de adubação com aumento de produção.

No caso de plantas forrageiras os dados são incipientes, porém já temos alguma coisa. Antes de mais nada, o que precisamos definir é qual parte da planta devemos amostrar; as duas primeiras folhas expandidas são as mais indicadas. Essas folhas são as mais ativas da planta e podem ser identificadas como sendo as duas primeiras folhas abaixo do broto e com presença da lígula. Também, a época de coleta dessas folhas deve ser determinada. Em pastagens que utilizam do sistema rotacionado, as amostras devem ser realizadas no dia da entrada dos animais na área. Em pastejo contínuo, o que pode ser feito são amostragens ao longo do ano, com freqüência mensal.

Uma vez feita a análise deve se ter um parâmetro para sua interpretação, o que é variável com a espécie forrageira. No entanto, segue tabela como base.

Tabela 1

Somente a partir de um banco de dados, é que poder-se-á fazer associações entre análise de solo, análise foliar, expectativa de produção e definir melhor a adubação a ser realizada.

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