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Ambição do presidente da Indonésia em tornar o país auto-suficiente em carne bovina é improvável

A ambição do presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, de tornar o país auto-suficiente em carne bovina provavelmente não se concretizará graças à crescente demanda por carne bovina e a baixa oferta doméstica.

A ambição do presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, de tornar o país auto-suficiente em carne bovina provavelmente não se concretizará devido à crescente demanda por carne bovina e a baixa oferta doméstica.

A baixa oferta doméstica é atribuída ao declínio na população local de bovinos, visto que os produtores vendem seus animais para obter lucros imediatos em épocas de preços altos.

Por outro lado, o consumo de carne bovina continuará aumentando, direcionado pela maior renda per capita e pela crescente classe média. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Processadores de Carne (Nampa), Ishana Mahisa, para a indústria de processamento de carne, a demanda cresce porque as pessoas agora consomem mais carne processada como salsichas e hambúrgueres.

Segundo Mahisa, a demanda dos membros da Nampa por carne cresceu cerca de 14% com relação ao ano anterior. Em 2013, a demanda por carnes, incluindo carne de frango, deverá alcançar cerca de 160.000 toneladas, o mesmo nível do ano anterior.

Entretanto, ele disse que a oferta doméstica não está sendo capaz de suprir a demanda, especialmente desde que a indústria requereu partes e qualidades específicas de carnes, como no segmento de cortes secundários, onde o governo impôs uma cota de importação. A demanda no segmento que produz carne defumada está entre 2.000 toneladas e 3.000 toneladas por ano.

O país, que tem uma população de 240 milhões, consome cerca de 500.000 toneladas de carne bovina todo ano. Isso equivale a cerca de 1,8 quilos a 2,2 quilos per capita por ano. De acordo com Mahisa, o consumo total pode alcançar mais de 600.000 toneladas quando se considera os estrangeiros, cujo consumo per capita pode ser de 10 a 20 vezes maior.

Para suprir a crescente demanda e evitar aumentos de preços, o governo recentemente nomeou a Agência Estadual de Logística (Bulog) para importar um volume adicional de 3.000 toneladas de carne bovina acima de sua cota de importação de 80.000 toneladas, ou cerca de 15% do consumo doméstico.

As importações de carne bovina foram responsáveis por 19% do consumo doméstico no ano passado. Mais da metade do consumo doméstico de carne bovina dependiam das importações em 2009.

Segundo o diretor de alimentos, produtos marinhos e indústrias de pesca do Ministério da Indústria, Faiz Achmad, o negócio de cortes secundários de carne bovina também cresceu entre 10 e 15% por ano e os produtos continuam se diversificando. Porém, os membros desse segmento não têm permissão para importar matéria-prima,  mesmo se a oferta local não suprir o requerimento.

Eles insistiram que o governo precisa separar a demanda da indústria de processamento daquela de consumo geral quando se calcula a cota de importação de carne bovina. Os membros da indústria deveriam ter permissão para importar matérias-primas de cortes secundários quando necessários.

Ao mesmo tempo, o chefe da Agência Central de Estatísticas, Suryamin, notificou um declínio na população de bovinos, apesar de ainda não ter sido completada a avaliação. A agência tinha estimado anteriormente que a população de bovinos declinou em cerca de 20%, para cerca de 12 milhões em 2012. No ano passado, em várias províncias, os produtores venderam suas vacas para abatedouros quando os preços da carne bovina aumentaram.

De acordo com Muchammad Romahurmuziy, presidente da comissão de agricultura do Parlamento, está sendo formulada uma revisão da Lei de Pecuária e Saúde de 2009, que ajudaria a garantir a oferta. A revisão também considerou procedimentos rígidos de saúde, incluindo medidas de quarentena.

A reportagem é do blog The Jakarta Post, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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