Mercado Físico da Vaca – 09/02/10
9 de fevereiro de 2010
Mercados Futuros – 10/02/10
11 de fevereiro de 2010

Amazônia: Governo estuda zoneamento de pastagens

Definir o tipo de pastagem mais adequado para cada região da Amazônia, e assim diminuir a pressão pela abertura de novas áreas para pecuária. Esse é o objetivo do Zoneamento Agroecológico de Pastagens na Amazônia, que está sendo coordenado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).

Definir o tipo de pastagem mais adequado para cada região da Amazônia, e assim diminuir a pressão pela abertura de novas áreas para pecuária. Esse é o objetivo do Zoneamento Agroecológico de Pastagens na Amazônia, que está sendo coordenado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).

Na última sexta-feira, representantes de diversos setores se reúniram em Brasília para discutir o assunto, inclusive representantes de várias unidades da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – participam das discussões.

O chefe-geral da unidade do Acre, Judson Valentim, apresentou pesquisas, tecnologias e políticas adotadas pelo Estado para reduzir o impacto da pecuária na Amazônia. “Além disso, a Embrapa Acre já realizou o zoneamento do risco de morte do braquiarão no Acre, no qual levantamos as características dos solos da região. Essas informações serão fundamentais na proposta de Zoneamento de pastagens do Governo Federal”, ressalta.

A Amazônia Legal possuía, em 2006, cerca de 42 milhões de hectares ocupados com pastagens cultivadas com forrageiras. Segundo Valentin, 40% desse total está em estado moderado a avançado de degradação. Em uma média do nível de degradação, seriam necessário cerca de 8,4 bilhões de dólares para recuperar essas pastagens. “Nesse cálculo, utilizamos tanto o custo de métodos tradicionais, com maquinário, quanto com sistemas alternativos. Para driblar esse alto custo, a Embrapa vem desenvolvendo tecnologias que sejam econômica e ambientalmente viáveis”, declara.

O pesquisador aponta uma série de tecnologias e processos que são adotados em determinadas propriedades do Acre e que aumentam a produtividade da pecuária sem a necessidade de abertura de novas áreas para o pasto. “Enquanto no Brasil a média da taxa de lotação do pasto é aproximadamente uma cabeça por hectare, nessas propriedades chega a 2,9”, diz.

A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) é o órgão do governo responsável por coordenar as ações do Plano Amazônia Sustentável. O ministro que responde pela pasta, Samuel Pinheiro Guimarães, esteve no início de janeiro no Acre, onde conheceu de perto a aplicação das inovações voltadas para a pecuária de corte.

O Zoneamento Agroecológico de Pastagens na Amazônia é uma das ações da SAE e tem o objetivo de orientar os futuros projetos de recuperação de pastagens. “Será também uma ferramenta na qual as instituições financeiras irão se embasar para a concessão de créditos agrícolas”, afirma Valentim.

A matéria é de Priscila Viudes, da Embrapa Acre, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress