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Aluguel de terras pode ajudar o país, diz analista

Pouco discutido no Brasil atualmente, o "offshore farming", ou aluguel de terras agricultáveis para estrangeiros, é um tema polêmico, pois envolve questões de soberania e também afeta diretamente as empresas do setor, que respondem por boa parte do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Mas esse tipo de operação poderá ter frutos bastante positivos para o país se o governo se apressar a debatê-la, defende Dung Nguyen, professor da Universidade de Pittsburgh e especialista no assunto.

Pouco discutido no Brasil atualmente, o “offshore farming”, ou aluguel de terras agricultáveis para estrangeiros, é um tema polêmico, pois envolve questões de soberania e também afeta diretamente as empresas do setor, que respondem por boa parte do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Mas esse tipo de operação poderá ter frutos bastante positivos para o país se o governo se apressar a debatê-la, defende Dung Nguyen, professor da Universidade de Pittsburgh e especialista no assunto. “As pressões sobre os preços dos alimentos devem continuar nos próximos anos, e o apetite por áreas férteis tende a crescer na mesma proporção. Por isso, o Brasil precisa estabelecer uma política a respeito”, disse o analista.

Japão, Coreia do Sul, Emirados Árabes e Arábia Saudita, países que têm poucas terras disponíveis para a agricultura e que lideram o movimento mundial de “offshore farming”, têm o Brasil e a África como alvos principais das suas agressivas estratégias de aquisição de hectares. Grãos como soja, milho e arroz e cereais são as principais culturas que tais nações pretendem explorar, além da cana-de-açúcar e outros vegetais que mostrem ter potencial para gerar energia no futuro.

Especialistas e produtores brasileiros observam que o interesse internacional por áreas produtivas no país não é exatamente novo, mas só faz crescer. No entanto, a falta de uma legislação específica gera insegurança tanto nos investidores que vêm de fora como nos fazendeiros locais. Além de responder a questões importantes como as ambientais e as relativas à utilização dos recursos naturais do país, para o professor Nguyen, é preciso que o governo crie uma forma de transformar os rendimentos advindos da venda ou do aluguel de hectares em um projeto de desenvolvimento nacional com foco nos habitantes das zonas rurais. “No encaminhamento dado a essa questão até agora, está faltando o elo entre o ingresso do dinheiro e como o Brasil vai aproveitá-lo. Creio que a solução dessa dificuldade passa pela reforma agrária, de forma que os mais pobres recebessem uma parte dos investimentos”, propõe.

Não que os agricultores brasileiros não tenham tecnologia suficiente para abastecer o mercado consumidor interno ou que a oferta de alimentos esteja abaixo da demanda, porém, considerando que há regiões onde os moradores não conseguem fazer refeições decentes diariamente, os estrangeiros ainda podem reservar uma parte da sua produção para vender à população local. Esta é uma medida que beneficia o país, na avaliação do estudioso. E que evita desconfortos políticos, na interpretação dos empresários estrangeiros.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Alberto Baggio Neto disse:

    Quero aproveitar e parabenizar o Sr. Juliano Tramontini pela suas firmes palavras e exemplo de patriotismo [a calhar na semana da pátria].. aproveitando para complementar com uma estrófe do hino rio-grandense: ” povo que não tem virtudes, termina por ser escravo”. Abraços e Sucesso!

  2. anisio gonçalves guimarães neto disse:

    Será que deixar os gringos ocuparem a nossa terra é mais importante do que fazer uma reforma agrária justa e descente ? Na verdade isso é apenas uma forma de fugir da real transformação social que deveriamos cobrar do governo e que seriamos capazes de fazer se os interesses econômicos dos políticos latifundiários não estivessem em primeiro plano ! Na verdade querem nos manter emcabrestados !

  3. Rui Jacinto da Silva disse:

    concordo com jeferson moreira correa
    , a descrição dele é “escritorio arroba”
    Nao sei se é produtor , mas se qq estrangeiro vier aqui , plantar , observar a legislação que é braba demais para nós, imagine para eles, se pagarem bem , que mal tem? desde que aja exploração comercial de foma natural sem pressao nos produtores locais.

  4. José Mendes da Costa disse:

    De gringo aproveitador e mal intencionado o Brasil já está cheio. Tecnologia para bem produzir não nos falta. O que de fato precisamos é que as autoridades brasileiras (políticas sobretudo) busquem a defesa dos interesses coletivos, que beneficiem a sociedade como um todo em especial aquele que produz, que gera riquezas e deixem de lado o “legislar unicamente em defesa dos próprios interesses”.

    O Brasil é dos brasileiros. Nada de estrangeiros cheios de “boas intenções”, de ôlho gordo em nossas terras. Fora com eles. Tudo pela nossa soberania.

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