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Alimentos voltam a subir, e índice de preços da FAO bate recorde

O índice de preços de alimentos medido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou 140,7 pontos em fevereiro, seu maior patamar até hoje. O recorde anterior, de 137,6 pontos, havia sido registrado em fevereiro de 2011. A pontuação do mês passado foi 3,9% (5,3 pontos) superior à de janeiro e ficou 24,1% (20,7 pontos) acima da de fevereiro do ano passado.

Os preços de óleos vegetais e lácteos puxaram a alta. Cereais e carnes também subiram, e o açúcar caiu pelo terceiro mês consecutivo.

O índice de preços da carne teve uma média de 112,8 pontos em fevereiro, alta de 1,2 ponto (1,1%) em relação ao mês anterior e 15,0 pontos (15,3%) em relação ao nível do ano anterior. Em fevereiro, as cotações internacionais de carne bovina atingiram um novo recorde, impulsionadas pela forte demanda global de importação em meio à oferta restrita de gado pronto para abate no Brasil e alta demanda por reconstrução de rebanho na Austrália.

Os preços da carne suína também subiram, refletindo o aumento da demanda interna e a redução da oferta de suínos na União Europeia e nos Estados Unidos da América. As cotações de carne ovina enfraqueceram pelo quarto mês consecutivo devido à alta oferta exportável na Oceania. Enquanto isso, os preços da carne de frango caíram levemente devido à redução das importações da China após o fim do Festival da Primavera e à menor demanda doméstica no Brasil.

O subíndice de óleos vegetais atingiu a média de 201,7 pontos em fevereiro, um aumento de 8,5% (15,8 pontos) na comparação com janeiro – e também um patamar recorde. O cálculo do indicador não contempla o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas a FAO diz que os óleos vegetais, principalmente os de girassol e soja, estavam subindo por causa do conflito.

O indicador para cereais foi a 144,8 pontos em fevereiro, um aumento de 3% (4,2 pontos) em relação ao mês anterior. Segundo a FAO, os rumores sobre o início da guerra e as restrições de oferta na América do Sul puxaram para cima os preços de trigo e milho.

O subíndice de lácteos avançou 6,4% (8,5 pontos) em relação a janeiro, para uma média de 141,1 pontos. Todos os derivados de leite subiram, diz a FAO.

E, por fim, o subíndice de açúcar recuou 1,9% (2,1 pontos) em fevereiro, a 110,6 pontos, marcando sua terceira queda mensal consecutiva. “Perspectivas de produção favoráveis nos principais países exportadores, notadamente Índia e Tailândia, juntamente com melhores condições de crescimento no Brasil, continuaram a pesar sobre os preços mundiais do açúcar”, diz a FAO.

Fonte: FAO e Valor Econômico.

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