O preço dos alimentos nunca caiu tanto em um ano como em 2017. De janeiro a outubro, os itens usados para o preparo de refeições em casa caíram, em média, 4,57%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação.
O recorde se explica, em boa parte, pelo clima excepcional que levou o País a colher uma supersafra. Mas a crise também ajudou a derrubar a inflação da comida: com menos renda, o consumidor brecou aumentos.
Como a trajetória de queda deve persistir nos dados de novembro e dezembro, a previsão é de que o preço dos alimentos termine o ano com queda superior a 5%. Se as projeções de consultorias se confirmarem, 2017 deve registrar a maior retração de preços da comida no domicílio desde que o IPCA começou a ser apurado em 1980, afirma o economista da LCA Consultores, Fabio Romão. Até hoje, o único resultado anual negativo nesta categoria ocorreu em 2006, de – 0,13%, e beirou a estabilidade.
O recuo recorde registrado este ano tem aliviado especialmente o bolso das famílias de menor renda, que recebem até R$ 4.685 por mês e gastam 22% para preparar a refeição em casa. É uma fatia do orçamento muito maior do que nas famílias mais abastadas que empenham na alimentação no domicílio 16%, aponta a economista do IBGE, Denise Cordovil.
Mais da metade dos 153 subitens que compõem o grupo alimentação no domicílio no IPCA tiveram queda de preço nesse período. As carnes ficaram 4% mais baratas neste ano até outubro. É um resultado importante comparado às altas de 9% e 2% registradas nos mesmos meses de 2015 e 2016, respectivamente, diz Romão.
A queda nos preços dos alimentos tem reflexos também para o comércio varejista. Na análise do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Fabio Bentes, o recuo dos alimentos deverá garantir uma retomada mais vigorosa do comércio como um todo, uma vez que os hiper e supermercados respondem pela maior fatia anual das vendas do varejo brasileiro. “De cada R$100 faturados no varejo, R$30 advém dos hiper e supermercados”, diz Bentes.
Para 2018, a expectativa é de que a queda nos preços dos alimentos não se repita com a mesma intensidade e as cotações voltem a subir, mas sem uma disparada.
Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
This post was published on 4 de dezembro de 2017
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