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Alimentar o gado com milho em flocos a vapor reduz as emissões de metano entérico

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, a agricultura é responsável por cerca de 10% das emissões de gases de efeito estufa da América, e as emissões entéricas (intestinais) e o manejo de estrume respondem por cerca de 27% disso. Cientistas do Laboratório de Pesquisa em Conservação e Produção do Serviço de Pesquisa Agrícola do USDA em Bushland, Texas, recentemente aceitaram o desafio de estimar como a alimentação do gado pode reduzir os números de metano. Em uma reviravolta na teoria de que ‘o que sobe deve descer’, eles examinaram como ‘o que entra deve sair’.

“O grão mais comum usado na alimentação do gado é o milho, que normalmente é processado para aumentar a disponibilidade de amido para a fermentação ruminal”, disse Matt Beck, cientista de pesquisa animal da ARS. “O processo de floculação de milho produz gases de efeito estufa. Mas, se o milho em flocos a vapor pode reduzir as emissões de metano do gado a um grau suficientemente grande, fornecê-lo ao gado ainda pode ser mais ecológico do que alimentá-lo com outros grãos.”

Em suma, eles avaliaram se dois processos que produzem gases de efeito estufa – milho em flocos a vapor e alimentação do gado – poderiam juntos criar menos gás total do que a alternativa atual de fornecimento de milho: dois negativos levando a um resultado positivo.

Ao combinar um teste de alimentação animal e uma abordagem de Análise do Ciclo de Vida para estimar a pegada de carbono da produção de gado, a equipe de pesquisa determinou que alimentar o gado com milho em flocos a vapor reduziu as emissões de metano entérico em 21% em comparação com alimentá-lo com milho laminado a seco, outro produto comum de confinamento. O processo usado para o milho em flocos a vapor produziu 9,7 vezes mais gases de efeito estufa do que a laminação a seco, mas reduziu tanto as emissões animais que a pegada total de carbono do milho em flocos a vapor foi de 9 a 13% menor do que o milho laminado a seco.

“O milho em flocos a vapor para rações no confinamento diminui as emissões de metano, mesmo considerando a energia adicional necessária”, diz Beck.

“A pesquisa também sugere que o processamento de grãos pode aumentar o retorno econômico de um confinamento, aumentando a eficiência da alimentação e do uso de nutrientes”, diz ele. “Essa é uma oportunidade ganha-ganha tanto para a sociedade quanto para os produtores. As opções de mitigação que também fornecem incentivos econômicos são, provavelmente, as que serão implementadas e utilizadas pelos produtores.”

Fonte: BEEF Magazine, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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