A nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta segunda-feira, 5, que a pasta que comandará será o “ministério do diálogo”.
Adotando o tom da conciliação – contrariamente ao que marcou sua trajetória política como líder ruralista -, Kátia Abreu disse que pretende conversar com todas as pessoas que tenham espírito público, como é o caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
Ela destacou que foi convocada pela presidente Dilma Rousseff para servir ao país.
A nova ministra afirmou ainda que seu ministério não é responsável pela reforma agrária, a cargo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Na entrevista, a nova ministra disse que sua pasta estará pronta a apoiar a produção de todos sem restrições.
Kátia Abreu não quis polemizar diante de uma pergunta sobre se sua gestão incentivaria a abertura de novos frigoríficos, em movimento inverso ao observado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de maior consolidação.A mudança de orientação da nova ministra tem por objetivo esvaziar o poder da JBS, a gigante nacional de carnes que cresceu na gestão Lula. Ela disse apenas que é preciso dar oportunidades para que “mais frigoríficos possam exportar, sem enfraquecer ou desmerecer nenhum deles”.
“O que temos é um imenso mercado lá fora e as nossas empresas e as nossas indústrias precisam estar preparadas e totalmente liberadas para exportar para esse grande mercado consumidor, quer seja de carne em geral, quer sejam de outros produtos como café, leite. A nossa obrigação, a do Ministério da Agricultura, é viabilizar, abrir as portas e dar condições para que todas as empresas possam estar aptas para exportar”.
Fonte: Exame, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.