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Agricultura quer ajuda do Ministério da Economia para enfrentar coronavírus

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai conversar hoje com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e deverá apresentar a ele pedidos de ajuda ao setor agropecuário no enfrentamento da pandemia do coronavírus.

Parte do setor tem reclamado de falta de medidas de apoio ao campo, já que vários outros segmentos foram contemplados nos anúncios feitos por bancos e outros ministérios. As críticas ficaram mais duras depois que Paulo Guedes falou, em uma live no fim de semana promovida pela XP Investimentos, que o agronegócio “está voando” devido à safra recorde deste ano. Ele também reforçou que a solução para a dívida do Funrural será feita na Reforma Tributária.

Um dos pedidos que Tereza Cristina fará é a prorrogação dos contratos de custeio e investimento de forma ampla em todo o país, com exceção dos produtores de soja e milho, já que a avaliação da Pasta é que a colheita recorde e os bons preços dessas commodities têm favorecido essas cadeias. Nessa frente, o problema está mais concentrado no Rio Grande do Sul, onde a estiagem provocou quebra de safra.

Outra proposta que deverá ser apresentada por Tereza Cristina a Paulo Guedes é a ampliação dos recursos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em cerca de R$ 500 milhões. O programa é de responsabilidade do Ministério da Cidadania, mas é operacionalizado por órgãos como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada à Agricultura, e contempla milhares de produtores e cooperativas em todo o país no fornecimento de alimentos a órgão públicos. Essa é uma das medidas para atender produtores de perecíveis de uma forma geral.

O limite anual para cada agricultor comercializar, no entanto, é de R$ 20 mil. Cooperativas podem vender até R$ 6 milhões. Em 2019, o governo aplicou cerca de R$ 285 milhões nessas compras.

As propostas dependem do aval do Tesouro Nacional e do Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta do Ministério da Agricultura é anunciar as medidas ao longo da semana e “repartir” algumas ações.

Fonte: Valor Econômico.

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