Agricultura inicia nova fase com lavoura, pecuária e floresta integradas

Agora o país adota a terceira revolução, depois do plantio direto e do plantio de milho no inverno, constituída pela integração entre lavoura, pecuária e floresta.

O processo ainda está no começo e exige investimentos, mas quem já o adota sente os efeitos na renda. O resultado, no entanto, compensa, segundo Flávio Wruck, da Embrapa, empresa que tem conduzido as pesquisas nessa nova fase da agricultura brasileira.

Para Wruck, o ideal é o produtor inicialmente desenvolver essa nova atividade em pequenas áreas, para aprender a técnica. Os custos iniciais dessa integração podem superar R$ 2.000 por hectare, dependendo da terra.

Esse sistema desenvolve bem a parte da alimentação, permitindo, inclusive, que a ocupação da pastagem intensiva suba de apenas 1,2 gado por hectare para 7 nesse novo sistema de integração.

“Entramos na fase do boi safrinha, cuja produtividade pode aumentar próximo de 14 arrobas por hectare, dependendo do nível tecnológico da fazenda”, diz Wruck.

Para Paulo Herrmann, presidente da John Deere, “é uma otimização do uso dos ativos que o produtor têm. Agora podemos fazer duas safras de grãos e uma de boi [ao ano]”.

Mas investir em algumas regiões ainda exige coragem. Gargalos que poderiam ser resolvidos de maneira simples se arrastam por anos, como por exemplo, dificuldade na obtenção de energia elétrica, o que facilitaria a secagem de grãos e até a industrialização na fazenda.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.