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Aftosa: gado solto aponta falhas no controle na região de fronteira

No distrito de Sanga Puitã, a 15 quilômetros de Ponta Porã, de um lado fica o Brasil e do outro Paraguai. No lugar foram flagrados animais amarrados e até soltos pastando na linha internacional, uma faixa de terra de uso comum entre os dois países.

O governo de Mato Grosso do sul publicou um decreto proibindo a entrada de veículos com produtos agropecuários vindos do Paraguai. A medida é para evitar a entrada da febre aftosa no país. Mas a vigilância fica comprometida pelo desrespeito a uma regra básica: pecuaristas estão permitindo o trânsito livre de animais na linha de fronteira entre os dois países.

No distrito de Sanga Puitã, a 15 quilômetros de Ponta Porã, de um lado fica o Brasil e do outro Paraguai. No lugar foram flagrados animais amarrados e até soltos pastando na linha internacional, uma faixa de terra de uso comum entre os dois países. As famílias da região vivem da produção no campo. São pequenos agricultores e pecuaristas brasileiros e paraguaios.

Na zona rural de Pedro Juan Caballero, município paraguaio que fica ao lado de Ponta Porã, também existem propriedades de pecuária muito próximas à linha de fronteira. Basta um dos animais pularem a cerca que estará em terras sul-mato-grossenses. Se isso acontecer, o governo de Mato Grosso do Sul já avisou que o animal sem identificação ou documento que comprove a origem deve ser apreendido e abatido. Isso é o que prevê a Lei Estadual 3.823, que existe desde 2009.

Na segunda-feira (26), o governo de Mato Grosso do Sul publicou um decreto com medidas que reforçam ainda mais a vigilância sanitária na região. Está proibida, por cinco dias, a entrada no estado de qualquer veículo vindo do Paraguai com produtos e subprodutos orgânicos e agropecuários que apresentem risco de disseminar o vírus da febre aftosa. Só podem entrar veículos com produtos que tenham passado por processamento industrial suficiente para tornar o vírus inativo.

A fiscalização deve ser feita nos postos fixos e volantes da Agência Sanitária do Estado. O problema é a dificuldade em manter o bloqueio em mais de 600 quilômetros de fronteira seca.

O posto mais próximo da agência de defesa sanitária fica a 22 quilômetros de Ponta Porã. A diretora do IAGRO explicou que, com o bloqueio por cinco dias, determinado pelo decreto, será possível reforçar o controle nos postos de fiscalização, inclusive com o borrifamento para desinfetar os veículos vindos do Paraguai.

Fonte: Globo Rural, adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Jose Nilo Aquino disse:

    O vírus da febre aftosa não se desenvolve por abiogênese.
    Ou ele é nativo ( residente – endêmico ) ou foi plantado ( a pior das hipóteses ).
    É imperativo que às autoridades identifiquem o DNA / RNA -polimerase  dele para saber a sua origem e identificar os interesses envolvidos nisso .

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