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Aftosa: FAO pede mais ações de vigilância

"Estamos preocupados porque as rigorosas medidas não foram eficientes, o que aponta um nível de infecção em grande escala nas áreas de origem da doença, muito provavelmente no Extremo Oriente", afirmou Juan Lubroth, Chefe do Serviço Veterinário da FAO.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pediu nesta quarta-feira, 28, uma maior vigilância internacional com relação à febre aftosa, após os recentes focos da doença registrados no Japão e na Coreia do Sul.

“Estamos preocupados porque as rigorosas medidas não foram eficientes, o que aponta um nível de infecção em grande escala nas áreas de origem da doença, muito provavelmente no Extremo Oriente”, afirmou Juan Lubroth, Chefe do Serviço Veterinário da FAO.

“Nos últimos 9 anos, os casos nos países oficialmente livres de febre aftosa, como eram Japão e Coreia do Sul, foram extremamente raros, por isso que os três focos destes quatro meses constituem um motivo de preocupação”, assinalou o especialista.

“Devemos questionar se não estamos diante de uma repetição da desastrosa epidemia transcontinental de febre aftosa de 2000-2001 que se propagou à África do Sul, Reino Unido e Europa após incursões precedentes no Japão e Coreia do Sul”, acrescentou Lubroth.

O foco de febre aftosa de 2001 provocou só no Reino Unido perdas de 8 bilhões de libras (US$ 12 bilhões) na agricultura, pecuária comércio e turismo. Para impedir a propagação da doença, mais de 6 bilhões de ovelhas e vacas foram mortas no Reino Unido, assegurou a nota.

Ainda não foram identificadas as rotas que seguiu o vírus, mas os analistas afirmam que é possível que a infecção se originasse na cadeia alimentícia. “Nestas circunstâncias, devemos considerar que todos os países estão em perigo, e seria bom revisar as medidas preventivas e a capacidade de resposta”, advertiu Lubroth.

O fortalecimento da segurança incluirá provavelmente uma nova análise das possíveis rotas de entrada e medidas para intensificar o controle da doença, um aumento da sensibilização sobre a febre aftosa para ajudar a informar dos casos de forma adiantada, e controles mais rigorosos em portos e aeroportos.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Roberto Andrade Grecellé disse:

    Brasileiros, vejam só!
    A FAO vem a público reforçar a necessidade de redobrarmos as atenções e reunirmos esforços para o controle e erradicação da febre aftosa. Esse “puxão de orelha” que a organização mundial dá no mundo deve ser observado sob duas óticas:

    1) Deve servir de alerta para aqueles países e estados que não estão levando o assunto a sério. Cometem grande pecado aquelas nações que se descuidam desse virulento inimigo. Para nós brasileiros que vivemos em um país de vocação agropecuária, a aftosa representa um dos piores pesadelos. Mantê-la afastada deve ser a tarefa número um de todos aqueles verdadeiramente comprometidos com o setor.

    2) Deve servir de exemplo para o mundo a maneira como o nosso país trata esse assunto. Neste sentido, o Estado de Rondônia se presta para exemplificar a excelência de um programa de sanidade animal. Com conhecimento de causa, sei que lá (em Rondônia) o assunto do combate a febre aftosa é sinônimo de prioridade e segurança de estado.

    Façamos um mea culpa. Nós, que volta e meia nos pegamos criticando a nossa pátria, olhemos para o amazônico estado de Rondônia, e retiremos de lá, ensinamentos e lições de um trabalho perseverante e sério.
    Aproveito para parabenizar o trabalho dos técnicos dos órgãos de defesa sanitária animal MAPA e IDARON, que com a valiosíssima ajuda do FEFA-RO, mantém diariamente o inimigo afastado.

    Ainda, incorreto seria deixar de exaltar o trabalho daquele que é o principal responsável pelo sucesso do programa de combate a aftosa – o produtor rural. É a conscientização dele que garante a sanidade do rebanho e gera divisa para o país.

    Parabéns produtores rurais, parabéns Rondônia, parabéns BRASIL.

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