África do Sul tem interesse em carne bovina de SC

A África do Sul está interessada em comprar carne bovina com osso de Santa Catarina, informou neste fim de semana a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc). A manifestação foi feita formalmente ao Ministério da Agricultura que a transmitiu à Secretaria de Agricultura e Pesca de Santa Catarinae à Faesc. “Estamos capitalizando o bônus que representa o status de área livre de aftosa sem vacinação”, disse, no comunicado, o presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo. Santa Catarina é o único Estado brasileiro reconhecido como área livre de aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Na nota, a Faesc reconhece que Santa Catarina “não é exatamente um grande produtor de bovinos, mas, se as negociações forem efetivamente fechadas (…), a carne bovina produzida em território catarinense — e somente esta — poderá ser exportada”. Além disso, para abastecer a demanda interna, uma vez que Santa Catarina não é autossuficiente, o Estado elevará as compras de outras regiões brasileiras.

Segundo Pedrozo, se o “cenário de bons negócios com a África do Sul” se confirmar, o setor produtivo catarinense poderia exportar até 50% da produção local, o que significaria abater e transformar em cortes com osso 200 mil cabeças. Essa nova realidade exigirá investimentos e adaptações nas plantas industriais. Atualmente, quatro frigoríficos de bovinos são submetidos ao serviço de inspeção federal (SIF) e 40 à inspeção estadual (SIE).

O rebanho bovino de Santa Catarina é de 4,2 milhões de cabeças, sendo 85% de gado leiteiro e 15% de gado de corte. Segundo a Faesc, cerca de 600 mil cabeças de gado bovino são abatidas por ano. A produção interna é de 132,5 mil toneladas de carne e outras 138 mil toneladas do produto são importadas de outros Estados.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.