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Acrimat: moratória não pode ser usada para baixar preço

Segundo o diretor da Acrimat, Vicente Falcão, a associação está pronta para participar de um trabalho sério e exequível, e vai fazer um trabalho de conscientização junto aos pecuaristas, associados ou não. Ele ressalta ainda, "não vamos permitir que os frigoríficos usem o pacto da moratória, assinado pelos frigoríficos e uma ONG, sem nenhuma participação dos pecuaristas, como forma de pressão econômica. A Acrimat está atenta e com seu departamento jurídico pronto para defender o setor pecuário".

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), participou da reunião nesta terça-feira (13) pela manhã com o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), representantes de entidades do agronegócio, como a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), para discutir a moratória da carne. A reunião foi solicitada pelo governo para esclarecer sua posição quanto à assinatura da moratória da carne, realizada na semana passada em São Paulo (SP), pelas empresas Marfrig, Bertin, JBS-Friboi e Minerva.

O presidente da Acrimat, Mário Candia, disse que “o governador Maggi foi claro ao dizer que não assinou o pacto da moratória da carne e foi ao evento apenas como convidado, ele também afirmou que é contra o desmatamento zero e defende que os produtores possam utilizar até 20% da área florestal, como prevê a lei do Bioma Amazônia”.

Segundo o diretor da Acrimat, Vicente Falcão, a Acrimat está pronta para participar de um trabalho sério e exequível, e vai fazer um trabalho de conscientização junto aos pecuaristas, associados ou não, para adesão ao programa MT Legal. Ele ressalta ainda que “não vamos permitir que os frigoríficos usem o pacto da moratória, assinado pelos frigoríficos e uma ONG, sem nenhuma participação dos pecuaristas, como forma de pressão econômica. A Acrimat está atenta e com seu departamento jurídico pronto para defender o setor pecuário”.

Outra reunião foi solicitada pela Acrimat entre o governo do estado, entidades representativas do setor e os frigoríficos, “para colocar em pratos limpos os critérios ambientais que devem ser seguidos, pois o pecuarista precisa de regras claras para que possa trabalhar de forma sustentável. Pedir pura e simplesmente o desmate zero por parte do pecuarista, nós não aceitamos. A Acrimat não concorda com os termos da moratória assinada”. Falcão é enfático ao dizer que “o frigorífico não produz o boi e nem consome a carne. Os critérios impostos por eles irão pressionar o preço da arroba para baixo e aumentar o preço da carne para o consumidor, alegando produto com valor agregado, com certificação ambiental”. A próxima reunião não tem data marcada.

As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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