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Acrimat debate recuperação da economia pantaneira

O Grupo de Trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Codem), do qual a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) faz parte, se reuniu nesta quinta-feira (05.11) nos Sindicatos Rurais de Cáceres e Poconé. As visitas finalizaram o trabalho iniciado há dois meses. Na oportunidade, o grupo, que visa solucionar problemas causados à economia pecuária no Pantanal mato-grossense, debateu o tema com os produtores da região.

Algumas propostas do GT são a preservação da sustentabilidade do Pantanal de Mato Grosso, criação de linha de financiamento específica para essa região, inserção tecnológica nas propriedades rurais, melhoria da produtividade, maior assistência técnica, sustentação da economia dessa região do estado.

“Propomos um plano que abarque investimento e custeio, a parte de logística de acesso por meio de consórcio público e privado para a recuperação e manutenção das rodovias vicinais, bem como do meio ambiente com definições para a recuperação do pasto e também sobre a certificação de origem que poderá agregar mais valor à produção da carne originada do pantanal mato-grossense”, destacou Amado de Oliveira Filho, consultor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). 

“A comissão visitou os sindicatos rurais das cidades pantaneiras e se reuniu com pecuaristas e projetistas para tratar das linhas de crédito que serão disponibilizadas. Vamos remanejar R$ 170 milhões em recursos do FCO Empresarial para o FCO Rural, com uso preferencial para produtores rurais do Pantanal”, explica César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e presidente do CODEM.

De acordo com o estudo, o Pantanal mato-grossense vive desde a década de 70 um paradoxo entre perdas de pasto e, consequentemente, de animais pelo excesso e pela falta de água.

As receitas da atividade pecuária no Pantanal de Mato Grosso cobrem apenas os custos operacionais, enquanto o lucro é negativo. O cenário é preocupante para a planície pantaneira, tendo em vista que a pecuária de corte é a principal atividade rural que gera empregos na região e uma participação de 81,7% sobre o Valor Bruto da Produção.

Segundo informações do Observatório do Desenvolvimento da Sedec, as despesas financeiras por parte dos produtores representam 11% do custeio dos criadores do Pantanal, ou seja, são quase três vezes superiores aos dos demais pecuaristas no estado (4,0%). 

O Plano Emergencial de Recuperação da Pecuária Pantaneira compreende o período de pós-incêndio até 30 de dezembro de 2021.

Fonte: Acrimat.

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